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Risco de desmoronamento tira bombeiros de dentro do Atacadão de Campo Grande

14 SET 2020 • POR Anahi Zurutuza e Bruna Marques, Campo Grande News • 10h54
Imagens feitas do alto pelo Campo Grande mostram a estrutura metálica do teto toda retorcida e muito fumaça. - Henrique Kawaminami

Já passam de 15 horas do início do incêndio na unidade do Atacadão da Avenida Duque de Caxias, em Campo Grande, e agora, o risco de desmoronamento do prédio impede que bombeiros façam o rescaldo no interior do que sobrou do mercado.

Imagens feitas do alto pelo Campo Grande mostram a estrutura metálica do teto toda retorcida e muito fumaça. Numa das laterais, é possível ver que a cobertura cedeu e foto da parte de dentro mostra além das montanhas de produtos queimados, placas de metal caídas.

As equipes foram tiradas de dentro do prédio às 3h, depois que já era possível finalizar o combate direto às chamas, segundo o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Fernando Carminatti.

Das 17h de ontem até às 5h30 de hoje, os bombeiros tinham usado 360 mil litros de água no combate e 1.850 litros de espuma.  Só isso mostra a dimensão do fogo em comparação com outros desastres do tipo na Capital. Considerado o pior incêndio até ontem, as chamas no Planeta Real, em 2013, consumiram 70 mil litros de água, 5 vezes menos.

No interior da loja, as chamas, que começaram nas prateleiras contendo produtos inflamáveis – álcool em gel e líquido, outros frascos com materiais de limpeza – se espalharam rápido e a fumaça densa nesta manhã, se deve a quantidade de material de fácil combustão, como madeira, papelão, também explicou o coronel.

No interior da loja, há montanhas de produtos queimados e placas de metal caídas do teto. Foto: Henrique Kawaminami

Por volta das 8h, as equipes que passaram a noite e madrugada no local foram substituídas. Cerca de 50 militares ainda trabalham no local, metade deles estava de folga e foi convocada para reforçar o time no combate.

A Avenida Duque de Caxias continua interditada no sentido Aeroporto Internacional de Campo Grande/Centro, para que as viaturas possam se movimentar facilmente e para evitar acidentes caso a estrutura venha abaixo.