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PF rastreia início dos focos e busca autores das queimadas no Pantanal de MS

14 SET 2020 • POR Gesiane Sousa com informações da PF • 08h37
Impedida de sobrevoar, devido a baixa visibilidade, PF segue pela água. - Divulgação PF

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta segunda-feira (14), nas cidades de Corumbá e Campo Grande, a Operação Matáá, com a finalidade de apurar a responsabilidade criminal pelas queimadas na região do Pantanal Sul.

Viaturas deixaram cedo a Delegacia da PF, em Corumbá, em busca dos autores que deram inicio ao fogo no Pantanal, que se tornou a maior queimada dos últimos 50 anos na região. Simultaneamente, aeronave foi impedida de decolar em Campo Grande, devido a baixa visibilidade, provocada pela fumaça de incêndios. Rapidamente uma nova estratégia foi definida, equipes seguiram em lancha, rumo ao Pantanal.

Os investigados poderão responder pelos crimes de dano a floresta de preservação permanente (Art. 38, da Lei no 9.605/98), dano direto e indireto a Unidades de Conservação (Art. 40, da Lei no 9.605/98), incêndio (Art. 41, da Lei no 9.605/98) e poluição (Art. 54, da Lei no 9.605/98), cujas penas somadas podem ultrapassar 15 anos de prisão.

Participam da fase ostensiva da operação 31 policiais federais, que cumprem 10 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Corumbá e Campo Grande/MS. Durante a deflagração foi realizada perícia nas áreas afetadas e oitivas dos envolvidos. As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da 1a Vara Federal de Corumbá/MS.

A Operação foi denominada “MATÁÁ”, que significa “fogo” no idioma guató, em referência aos índios pantaneiros Guatós que vivem nas proximidades das áreas atingidas.