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Agepen confirma 10 internos e 6 servidores positivos no presídio de Corumbá

28 AGO 2020 • POR Gesiane Sousa • 11h07
Direção do presídio aguarda por testaggem em massa dentro do estabelecimento penal. - Arquivo Mídiamax

O número de detentos do presídio masculino de Corumbá, que testaram positivo para o novo Coronavírus, já subiu para 10. Nove deles, que até ontem, eram considerados casos suspeitos pela administração do estabelecimento penal, estão com sintomas leves da doença e seguem em isolamento dentro do presídio, e um, em estado mais avançado, está internado em leito clínico na Santa Casa. Os números foram confirmados pela Agepen-MS (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul) na manhã desta sexta-feira (28).

Além dos 10 internos infectados, seis servidores precisaram ser afastados de suas atividades por também terem testado positivo para Covid. Não há informação se estes estão em isolamento domiciliar ou hospitalizados.

Boletim epidemiológido de 27/8, divulgado pela Agepen. Foto: Reprodução

Casos confirmados dentro do presídio é extremamente preocupante. Não há espaço suficiente disponível para cumprir isolamento. O número atualizado de presos dentro do estabelecimento penal de Corumbá é superior a 600, quando a capacidade das celas é de 186. A Agepen afirma que já solicitou testagem para todos os detentos e que aguarda retorno da secretaria de saúde.

Segundo boletim epidemiológico da Agepen, divulgado no site da Agência nesta quinta-feira (27), há 955 casos confirmados nos presídios do Estado. Deste total, 135 são servidores, 807 são internos e 13 são monitorados. Não há registro de óbitos por Covid até o momento.

Debate nas redes

O primeiro caso confirmado de Covid-19 entre os detentos do presídio masculino de Corumbá, nooticiado pelo site Capital do Pantanal, no final do dia desta quinta-feira (27), gerou debate na rede social. Postagem da matéria no Facebook do site alcançou mais de 5 mil pessoas e gerou mais de 40 comentários.

Mãe de detento defendeu direito à saúde do filho, em debate nos comentários da notícia na rede social do Capital do Pantanal. Foto: Reprodução

Parte dos leitores, se solidarizaram com as famílias dos presos e concordavam, que eles já estavam pagando por crimes cometidos e que teriam pleno direito a assistência saúde, afinal, são seres humanos. Outros, em opinião mais radical, se rebelavam ao pedido de ajuda de familiares enviado ao site Capital do Pantanal.

Mãe de um dos detentos, Priscila Garilan, escreveu em comentário, que não está preocupada com a opinião alheia e sim com a vida do filho, que já esta “pagando” pelo seu erro, afirmando ainda que julgamento, só de Deus.