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Criminosos presos em MS são alvo de mandados por associação a quadrilha carioca

25 AGO 2020 • POR Redação com informações da Ascom PF • 08h44
Dois mandados de prisão foram enviados para o presídio de Segurança Máxima. - Reprodução TV Morena

Na manhã desta terça-feira (25), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Expurgo, com objetivo de cumprir 27 mandados de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão, em seis estados do país (RJ, SP, PE, MG, PA e MS). Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Bangu/RJ, em investigação sobre as atividades criminosas de lideranças e dos principais integrantes de uma facção do crime organizado que atua em âmbito nacional. 

As investigações, iniciadas em dezembro de 2018, apontaram que os líderes da organização objetivavam expandir sua atuação no estado do Rio de Janeiro, inclusive, contando com aproximação e parceria de outras facções já atuantes no estado. As diligências identificaram que os líderes, mesmo já presos, desempenhavam a “gestão criminosa” de dentro de presídios estaduais, de onde replicavam ordens e tomavam decisões a exemplo dos chamados “salves” dados pela cúpula da organização. 

Em Mato Grosso do Sul, os envolidos já estão sob a custódia do sistema prisional do Estado, eles ordenavam e articulavam o esquema criminoso de dentro dos Presídeos. Os mandados foram expedidos via e-mail, diretamente para as unidades prisionais, sendo um mandado de prisão para o Presídio da Gameleira e dois para o Presídio de Segurança Máxima.  

A investigação constatou que a rede criminosa era altamente estruturada e organizada, com base na hierarquia e disciplina, regidas por ”Estatuto” e “Dicionário Disciplinar” próprios que estabeleciam condutas, protocolos a serem seguidos e até a aplicação de sanções em caso de  descumprimento das determinações. 

Apurou-se também que a comunicação da organização criminosa era facilitada pelo uso de aplicativos e orientava a divisão de tarefas, permitindo a definição de atividades diárias, a realização de debates e a tomada de decisão; bem como a difusão de diretrizes a serem adotadas pelos membros e o monitoramento das atividades das forças de segurança estaduais. 

Além do crime de integrar organização criminosa, os presos serão autuados pelos crimes de tráfico de drogas e armas, sem prejuízo de outras condutas ilícitas eventualmente identificadas no decorrer das investigações.

O nome da Operação faz referência ao movimento da Polícia Federal de desfazer a estrutura da organização criminosa, evitando a sua expansão e domínio no estado do Rio de Janeiro.