Geral

Reincidente, Buser será multada em até R$ 29.850 por transporte clandestino

24 AGO 2020 • POR Gesiane Sousa • 10h20
18 passageiros estão a bordo do ônibus irregular e tiveram que desembarcar na rodovia. - Divulgação Posturas

Mais uma vez a empresa Buser foi flagrada realizando transporte clandestino de passageiros em terras pantaneiras. O novo flagrante ocorreu na manhã de hoje, segunda-feira (24), na Barreira Sanitária de Corumbá, montada no Posto Fiscal Lampião Aceso, na BR 262. Equipe da Agetrat (Agência Municipal de Trânsito e Transporte) acionou a Coordenadoria de Posturas do município e realizou a apreensão do veículo.

O ônibus tinha 18 passageiros que iriam desembarcar em Corumbá e Ladário. Segundo Luciano Cruz, coordenador de Posturas, o desembarque e embarque de passageiros em Corumbá continua proibido por decreto municipal, já em Ladário, é permitido no terminal rodoviário da cidade, porém a Vigilância Municipal deve ser avisada com antecedência, medida que foi desrespeitada pela Buser.

Esta não é a primeira vez que um ônibus da empesa Buser é flagrado tentando burlar a proibição do transporte intermunicipal em Corumbá. Em maio deste ano, além da irregularidade do transporte, uma passageira boliviana transportava 7 mil dólares não declarados, o que é caracterizado crime de evasão de divisas.  Fábio Cruz afirmou que a empresa será multada e que o valor pode chegar até R$ 29.850,00.

O transporte intermunicipal em Corumbá está proibido desde o final do mês de março, quando a pandemia foi anunciada pela Organização Mundial de Saúde. Desde então, pessoas que precisam de deslocar de Corumbá para Capital ou outros destinos estão utilizando opções clandestinas de transporte, como os ônibus de fretamento e as perigosas “caronas”, que além de não oferecer segurança ao passageiro não tem valor tabelado de passagem.

No final de maio, a prefeitura chegou a anunciar um possível retorno do transporte regular, porém desistiu da flexibilização e manteve a proibição. Em Junho, o Ministério Público Estadual (MPE-MS) entrou com ação judicial pelo retorno do transporte, porém a justiça não interferiu na decisão do município, que manteve o terminal rodoviário fechado. Enquanto isso, empresas regulares ficam impedidas de oferecer transporte seguro com respeito as normas de biossegurança estipuladas pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agepan).   

Ladário entendeu a necessidade e a responsabilidade com a vida de seus moradores e autorizou o retorno do transporte em 20 de Julho. A decisão ocorreu após negociação com o Ministério Público Estadual. Desde então, passageiros estão podendo viajar com segurança e medidas preventivas, com embarque e desembarque na avenida 14 de Março.