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Apoiadores de Bolsonaro são os primeiros a chegar no aeroporto

18 AGO 2020 • POR Gesiane Sousa • 09h31
Apoiadores de Bolsonaro são os primeiros a chegar no aeroporto. - Sylma Lima

Era mesmo esperado que os apoiadores do presidente Bolsonaro em Corumbá, marcassem presença para recepcioná-lo no aeroporto internacional da cidade, onde ele desembarca daqui a pouco para inaugurar a Estação Radar, em combate ao tráfico internacional de drogas nas fronteiras de MS, principal entrada de entorpecentes no país.

A atitude era esperada devido o episódio da “guerra das placas”, ocorrido neste fim de semana, quando pessoas ainda não identificadas derrubaram outdoors em protesto a vinda de Bolsonaro à cidade. As placas assinadas pelo Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação), responsabilizavam o presidente pelas mais de 100  mil mortes por Covid no país. A imagem de Bolsonaro foi colocada na placa representando a própria morte e não agradou em nada quem o apoia, já no dia seguinte a instalação, na noite de sexta-feira (14), os outdoors foram serrados.  

Esquema de segurança está reforçado em todo o entorno do aeroporto. Foto: Marcos Maluf

O grupo pró-Bolsonaro ainda é pequeno em frente ao aeroporto, mas marca território desde cedo. O forte esquema de segurança no entorno do aeroporto conta com 26  agentes da Agetrat, militares do Exército Brasileiro, Força Nacional, Polícia federal, Polícia Rodoviária Federal e segurança presidencial.

As barreiras vão do encontro da Alameda Rosa Rubra com a Avenida Joaquim Venceslau de Barros até o cruzamento da Rua América com a Rua Edu Rocha, todas nos arredores do aeroporto.

Entre os dois grupos, apoiadores e rebeldes à Bolsonaro, prevalece o ganho para a cidade de Corumbá e para o país, que a partir de hoje contará com equipamento fundamental para combater o tráfico internacional de drogas e excluir as fronteiras de MS do mapa do narcotráfico.

Para o jornalista de Brasília Felipe Porto, a Estação de Radar vai garantir a segurança do espaço aéreo brasileiro. “Será um duro golpe no tráfico internacional de drogas que tem nas fronteiras com o Paraguai e a Bolívia no Pantanal a maior região de entrada ao nosso território. O tráfico de armas e drogas vai ter que procurar outra região para entrar no Brasil, pois pelo Pantanal agora vai ser difícil. Recentemente já tivemos aquele avião do amigão de Lula que foi abatido pela Força Aérea com mais de meia tonelada de cocaína. Hoje uma das maiores quadrilhas está sendo desbaratada com mais uma mega-operação da Polícia Federal. A vida da bandidagem está cada vez mais complicada no Brasil”.