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Equipes mantém monitoramento à incêndios no Pantanal

17 AGO 2020 • POR Ascom Marinha do Brasil com adaptações de Gesiane Sousa • 08h24
Forças armadas consideram sitação controlada no Pantanal de Corumbá. - Divulgação Marinha do Brasil

Após três semanas de atividades com aeronaves, brigadistas e militares, os pontos de queimadas no Pantanal de Corumbá foram controlados e agora seguem em monitoramento na Serra do Amolar, Nabileque e nas proximidades da Reserva Indígena Kadiwéu, onde não há mais foco de fogo aparente, a região representa dois terços do bioma. 

No inicio da operação Pantanal, deflagrada pelo Ministério da Defesa, em 25 de julho, após Mato Grosso do Sul (MS) decretar situação de emergência ambiental, o relatório do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM) apontava para 21 pontos de queimadas nos municípios de Ladário, Corumbá, Miranda e Aquidauana-MS. Ao longo dos trabalhos, os índices foram ultrapassados, chegando a atingir o total de 32 pontos, até que após os esforços dos mais de 400 profissionais envolvidos, os focos foram colocados sob controle.  Com a significativa redução dos focos em MS, as ações foram estendidas à porção norte do Pantanal, que corresponde a um terço do bioma. De acordo com o mapeamento realizado por satélites, atualmente grande parte dos pontos de queimadas está concentrada na região de Poconé, Barão de Melgaço (MT) e uma área em Porto Jofre, na fronteira entre os dois estados.  

O Pantanal correspondente a 65% do bioma, é considerada a maior planície alagada do mundo e tem sofrido com a maior seca dos últimos anos. As ações de combate às queimdas foram conduzidas pelo Comando do 6º Distrito Naval, reunindo esforços da Marinha do Brasil (MB), Exército Brasileiro (EB), Força Aérea Brasileira (FAB), Corpo de Bombeiros de MS, Ibama/Prevfogo e Polícia Militar Ambiental.

Operação Pantanal em MT

Há dez dias operando a partir de Poconé, no aeródromo do Sesc Pantanal, Forças Armadas somam esforços com Corpo de Bombeiros de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (CBMMT e CBMMS), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O esforço maior agora está no estado vizinho, Mato Grosso. Foto: Divulgação Marinha do Brasil

Aeronaves das Forças Armadas realizam diariamente voos de reconhecimento, transporte de pessoal, material e mantimentos para as áreas mais isoladas e críticas quanto aos focos de incêndios. O Super Cougar (UH-15) da MB e o Black Hawk (UH-60) da FAB cumprem ações em locais que, devido à peculiaridade da região, o acesso não seria possível por vias terrestres ou fluviais. Duas aeronaves Air Tractor do CBMMT realizam, ainda, lançamento de água e, até o momento, já foram despejados quase dois milhões de litros.

Mais de 400 profissionais estão envolvidos na Operação, entre eles, 12 Fuzileiros Navais do 3º Batalhão de Operações Ribeirinhas, com curso de combate a incêndios florestais, empregados diretamente na linha de frente, em um trabalho conjunto com brigadistas do Ibama e Bombeiros Militares do CBMMT e CBMMS. Ao longo dos dias, as equipes terrestres trabalham dia e noite, cumprindo, muitas vezes, medidas urgentes, como aceiros, contra-fogo e patrulhamento do local, com o objetivo de inibir as chamas.

Além deste ano registrar índices pluviométricos muito baixos, a intensidade do vento prejudica o trabalho do pessoal em terra e a fumaça dificulta o sobrevoo das aeronaves. Mesmo diante desse cenário, entre outros desafios, os resultados são positivos, haja vista que patrimônios históricos, parques, casas e estradas já foram preservados. As atividades seguem em andamento nesta semana.