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Avião que lança 12 mil litros de água por voo deve chegar neste domingo (27)

25 JUL 2020 • POR Sylma Lima e Gesiane Sousa • 19h54
Aeronave já está na base aérea de Campo Grande e é a principal arma contra os incêndios no Pantanal. - Divulgação Bombeiros

Após o primeiro sobrevoo de reconhecimento das áreas atingidas pelas queimadas no Pantanal de Corumbá, realizado na manhã deste sábado (25), com apoio da Marinha do Brasil, a Operação Pantanal II combateu dois grandes focos: o primeiro na região da Codrasa, na APA Baía Negra, em Ladário e outro ao norte da cidade, com acesso pelo Rio, a cerca de 5 quilômetros. O Bambi Bucket, uma espécie de balde suspenso ao helicóptero para lançamento de água, considerado essencial no combate a incêndios de grandes proporções em áreas de difícil acesso, já começou a ser utilizado hoje.

Ao todo, 62 homens estão empenhados na Força Tarefa: 35 Bombeiros Militares dos municípios de Corumbá, Aquidauana, Jardim, Maracaju, Ponta Porã e Campo Grande e 27 Brigadistas do PrevFogo/Ibama. A equipe tem à disposição: 10 viaturas, sendo oito do Corpo de Bombeiros e duas do Ibama; quatro embarcações voadeiras e quatro aeronaves da Marinha do Brasil. Helicóptero UH12 que já está em operação; helicóptero H60 operando de Corumbá, a partir deste domingo (26); helicóptero UH 15 operando de Ladário a partir de segunda-feira ( 27) e a principal arma da Força Tarefa, um avião C130 com MAFFS (Modular Airbone Fire Fighting System), que lança 12 mil litros de água por voo. De acordo com a apuração do site Capital do Pantanal, o avião já está na base aérea de Campo Grande, e deve chegar em Corumbá amanhã, para operar a partir de segunda (27).  

Segundo José Luiz Amorim, que acumula a secretaria municipal de Segurança Pública, coordenação da Guarda Municipal e da Agetrat (Agência Municipal de Trânsito) em Corumbá, foi detectado que as queimadas foram provocadas por ação humana, provavelmente por catadores de isca, limpeza de roça ou até mesmo por pescadores, que fazem fogueiras nas matas para espantar mosquitos.   

Estimativa do Ibama aponta que mais de 300 mil hectares de mata nativa já foram devastados e o desastre, decretado ontem pelo Governo do Estado como Emergência Ambiental (decreto nº 80), também é considerado a maior queimada das últimas duas décadas em MS. Monitoramento do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) aponta que Corumbá acumulou 2.507 focos de fogo desde o início de 2020.