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Escola Jatobazinho sai da linha do fogo após uma semana de incêndios no Pantanal

8 JUL 2020 • POR Gesiane Sousa • 09h44
Aceiros tem mantido a escola à salvo. O fogo está distante da unidade. - Divulgação Bombeiros

O combate aos incêndios florestais na região do Pantanal de Corumbá já dura uma semana. Uma verdadeira força tarefa conjunta entre Brigadistas do Ibama Prevfogo [na região desde 1º de julho], Bombeiros [desde o último domingo, 5]  e Instituto Homem Pantaneiro (IHP) tentam diminuir os danos ambientais e salvar o prédio da escola Jatobazinho, única escola pública da região que atende ribeirinhos.. Segundo os Bombeiros pelo menos 25 mil hectares de mata nativa já foram destruído pelas chamas.

Em meio ao cenário de destruição a esperança foi despertada no relatório de ontem dos Bombeiros, pela primeira vez dentro desses sete dias de trabalho intenso, os militares afirmaram que a escola não está mais sobre o risco de atingimento. Equipes criaram aceiros no entorno da escola e conseguiram exterminar focos a norte e sul, que ameaççavam a unidade.

Diretora da escola, Fernanda Sá, retalou a tensão dos últimos dias. Foto: Acaia Pantanal

Mesmo com o relatório positivo, a diretora da escola, Fernanda de Sá, afirmou ao site Capital do Pantanal, por telefone, que não fica tranquila enquanto houver fogo nas proximidades. “Durante madrugada de hoje cheguei a verificar pelos pontos mais próximos da escola se estava tudo bem, percebi que um dos aceiros havia sai engolido pelo fogo, as equipes estão nesse momento combatendo as chamas. Por mais que o fogo já não esteja próximo das edificações ele está na área e anda muito rápido. Os dias têm sido tensos”.

Fernanda fez questão de ressaltar o apoio que tem recebido das fazendas vizinhas, que emprestaram maquinários como trator esteira, para abrir os aceiros e caminhão pipa. “Além dos Bombeiros, Prevfogo e IHP, essa contribuição tem sido de grande ajuda”.

Para o presidente do IHP, Coronel Rabelo, a maior dificuldade é o acesso as áreas das queimadas. A área é encharcada e dificulta a mobilidade, além de “ser desprovida de qualquer estrada ou trilha. Ontem o fogo se propagou na direção sul, entrando pela fazenda vizinha, torcemos para que as chuvas possam contribuir para eliminar os demais fogos, que já estão distantes da escola”.