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Alvo da fase 3 da Omertà, Jerson Domingos é preso em fazenda de Rio Negro

18 JUN 2020 • POR Anahi Zurutuza e Ângela Kempfer do Campo Grande News • 11h18
Jerson Domingos em entrevista na Assembleia Legislativa, quando ainda era deputado estadual. - Alcides Neto/Arquivo

Alvo pela segunda vez da Operação Omertà, o conselheiro do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul), Jerson Domingos, foi preso por volta das 10h desta quinta-feira (18), numa das fazendas dele, em Rio Negro – a 144 km de Campo Grande. Ele tem contra si mandado de prisão preventiva (por tempo indeterminado).

Segundo apurou o site Campo Grande News, ele está sendo trazido para a sede do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), na Capital.

Mais cedo, equipe do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) esteve no condomínio onde Jerson mora, o Edifício Renoir, próximo ao Shopping Campo Grande. Conforme apurado pela reportagem, os agentes chegaram por volta das 6h e saíram 30 minutos depois.

A equipe foi recebida pela esposa do conselheiro. O site Campo Grande News tentou contato com o advogado André Borges, que faz a defesa do conselheiro, mas não teve retorno.

Jerson Domingos também foi alvo da segunda fase da Omertà, desencadeada no dia 17 de março, e chegou a ser levado para o Garras depois de encontradas duas armas ilegais na casa dele.

O conselheiro prestou depoimento, no qual atribuiu as armas sem registro a presente de um tio e foi liberado sem pagamento de fiança. Ele é irmão de Tereza Name, cunhado de Jamil Name, de 80 anos, o principal alvo da Omertà, desde que a força-tarefa que investiga formação de milícia armada e execuções foi deflagrada, em setembro do ano passado.