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Prefeito de Ladário é denunciado por improbidade e gastar R$ 60 mil em show gospel

21 MAI 2020 • POR Gesiane Sousa • 08h07
Soares foi denunciado pelo partido Cidadania. - Arquivo

O prefeito de Ladário, Iranil Soares, sofre uma nova denúncia de improbidade administrativa. A primeira polêmica envolvendo o  nome do chefe do executivo ladarense foi  relacionada ao decreto municipal, que orienta a população a orar por 21 dias e fazer Jejum em combate a Covid-19, apresentada pela OAB/MS nesta quarta-feira (20) ao Ministério Público Estadual. A segunda denúncia, tamabém apresentada ontem, desta vez pelo partido Cidadania, questiona gastos abusivos com o dinheiro público.

Segundo o site Onça Pintada, o prefeito da Pérola do Pantanal gastou R$ 60 mil do dinheiro público para realização de show gospel na cidade durante o fim do ano de 2019.

“Há alguns meses, estamos observando atitudes desse tipo por parte dele. Dezembro foi feito um show gospel como festejo de final de ano que custou um absurdo! Os shows do carnaval não custaram tanto aos cofres públicos. E esse festival foi feito sem licitação, pous pediram dispensa, alegando falta de tempo para licitar. Os valores estão na denúncia”, afirmou Danielle Furlan que faz parte da agremiação partidária. 

O show gospel com a banda Trazendo a Arca custou R$ 60 mil aos cofres públicos e o carnaval com shows e atividades diversas teve o custo de R$ 117 mil. Tudo isso é questionado na denúncia que foi enviada ao Ministério Público Estadual. 

Decreto polêmico

No documento até diz que há liberdade religiosa, mas foi decrtado, por meio de decreto mesmo, que se faça um “cerco espiritual na cidade de Ladário por meio de orações, das 5h até às 06h, onde todo o cristão, dentro de suas casas, façam orações voluntárias a Deus, com o escopo de pedir ajuda a Deus, tanto pelas pessoas que já estão doentes, quanto por aqueles que já estão tomando medidas para não contrair a Covid-19, bem como para afastar esse mal que assola nossa nação”.

O prefeito já afirmou e reafirmou que não vai voltar atrás e a OAB-MS já está buscando uma solução para que haja revogação do decreto que segundo os juristas, é inconstitucional.  A situação  virou notícia nacional e até mesmo a uma sugestão irônica de que “jejum e oração” não fazem parte das orientações da OMS.