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Paciente com Covid-19 sai da UTI e dispensa respirador com uso de cloroquina e azitromicina

9 ABR 2020 • POR Gesiane Sousa e Sylma Lima • 08h53
Equipe, protegida com EPI´s, comemora conquista junto ao paciente sendo llevado para o quarta. - Reprodução Facebook

A equipe médica da Santa Casa de Corumbá, dirigida pelo Dr. Manoel João, está conseguindo caminhar para a cura do paciente infectado por Covid-19. Internado no Hospital desde o dia 3 de abril, ontem, o homem de 48 anos, saiu do Centro de Tratamento Intensivo (UTI) e foi colocado num quarto, dispensando o uso de ajuda mecânica para respirar.

Hoje, dia 9, segundo informações do próprio Dr. Manoel João, o paciente completa cinco dias de tratamento com o uso de cloroquina e azitromicina. Apesar dos medicamentos ainda não possuírem eficácia comprovada cientificamente no combate ao Coronavírus, as drogas estão sendo usados em diversos países para combater o vírus e tem alcançado ótimos resultados.

O uso da cloroquina e hidroxicloroquina (versão menos tóxica da droga) está levantando polêmica no mundo inteiro, o medicamento utilizado no tratamento contra a malária e artrite, é apontado por especialistas com dúvidas quanto a sua eficácia no combate ao Covid-19. Segundo instituições científicas, há necessidade de estudos mais aprofundados para decidir se vale a pena utilizar a droga, mesmo com os riscos dos efeitos colaterais que podem causar arritmia cardíaca e infarto, em casos mais extremos. No Brasil, o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou durante coletiva ontem a noite, que o medicamento está liberado para médicos utilizarem em casos de complexidade média e grave, desde que o paciente autorize a administração formalmente, ele ressaltou o alerta para os prejuízos à saúde, mas considerou a eficiência da droga nos casos já apresentados pelo mundo.  

Em Corumbá, Dr. Manoel João defende o uso do remédio no tratamento contra o Coroavírus. “O medicamento é testado e aprovado e o paciente autorizou o uso, eu iria esperar pelo o quê?”, disse o médico que parabeniza seus colegas de trablaho e afirma precisar encorajar sua equipe todos os dias para vencer essa guerra.

"Um famacêutico da cidade, que prefere ficar no anonimato, nos doou de 12 tratamentos, são 200 comprimidos de hidroxicloroquina, a versão com menos risco de efeitos colaterais.", comemora Dr. Manoel João pela aquisição. 

Hoje o paciente completa cinco dias do tratamento com cloroquina e azitromicina, e segundo Dr. Manoel João, tudo caminhando bem como está, o homem poderá receber alta já no próximo sábado, 11, para seguir o período de observação (quarentena) em casa.