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Ação prende e traficante integrante do PCC em Corumbá

9 AGO 2019 • POR Sylma Lima • 15h33

Na manhã desta sexta feira, 9/8, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), força-tarefa coordenada pela Polícia Federal e integrada pela Polícia Civil, pela Polícia Rodoviária Federal e pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais, deflagrou a Operação Policial “CAIXA-FORTE”, que combate tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em setor da facção criminosa conhecida como PCC – Primeiro Comando da Capital.

Foram cumpridos 52 mandados judiciais de prisão preventiva, 48 mandados judiciais de busca e apreensão, 45 mandados judiciais de sequestro de valores/bloqueio de contas bancárias em Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, totalizando 18 cidades e seis unidades prisionais, onde seis dos alvos já se encontram recolhidos. Todos os mandados foram expedidos pela Vara de Tóxicos de Belo Horizonte e foram cumpridos em Uberaba/MG, Conceição da Alagoas/MG, Campo Grande/MS, Corumbá/MS, São Paulo/SP, Ribeirão Preto/SP, Itaquaquecetuba/SP, Embu das Artes/SP e nas cidades paranaenses de Curitiba, Londrina, São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré, Colombo, Fazenda Rio Grande, Goioerê, Mandirituba, Matinhos, Paranaguá, Pinhais e Piraquara.

As investigações tiveram início em novembro de 2018 e identificaram a existência de uma seção rigidamente estruturada dentro da facção, denominada GERAL DO PROGRESSO. O setor era responsável por gerenciar o tráfico de drogas, distribuindo os entorpecentes que garantem o sustento da organização criminosa, bem como por orquestrar a lavagem de dinheiro dos valores oriundos dos crimes praticados. Contas bancárias de pessoas aparentemente estranhas ao PCC eram cooptadas para ocultar e dissimular a natureza ilícita do montante movimentado. Os criminosos também utilizavam o método de “depósitos fracionados” para lavar o dinheiro, realizando depósitos bancários de pequenas quantias em diversas contas, de forma a não se identificar o depositante e não se ativarem os gatilhos de comunicação de atividade suspeita às autoridades de controle de atividades financeiras (COAF), previstos na Lei de Combate à Lavagem de Dinheiro. Posteriormente, o dinheiro era transferido a outras contas ou mesmo sacado em terminais eletrônicos. Foram identificadas 45 contas bancárias, todas bloqueadas e com os valores sequestrados judicialmente. A movimentação financeira ultrapassou sete milhões de reais durante o período das investigações. Os números das contas eram enviados por integrantes de outro setor da facção, denominado RESUMO INTEGRADO DO PROGRESSO DOS ESTADOS E PAÍSES, responsável também pelo recebimento dos comprovantes para a realização da contabilidade  geral dos valores movimentados.

Os presos estão sendo investigados pelos crimes de tráfico de drogas, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas cominadas podem chegar a 33 anos de prisão.

Corumbá

Em Corumbá, fora cumpridos um mandado de prisão preventiva contra um homem de 45 anos e um mandado de busca e apreensão em seu endereço no bairro Popular Nova. Nas buscas foram encontrados papéis e anotações que indicam seu envolvimento com o tráfico de drogas e participação em uma organização criminosa de âmbito nacional.

Os materiais apreendidos serão encaminhados às equipes de investigação em Uberaba(MG) e o homem preso seguirá para o Estabelecimento Penal de Corumbá, após sua audiência de custódia.