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Feira Agrotecnológica do Pantanal movimenta R$ 1,7 milhão em três dias

9 JUL 2019 • POR Silvio Andrade • 08h21
Feira Agrotecnológica movimentou a economia local - Silvio Andrade

A 1ª Feira Agrotecnológica do Pantanal Sul, realizada entre os dias 5 e 7 de julho, em Corumbá, movimentou a economia local e transferiu para a região pantaneira genética bovina de ponta e novos conhecimentos em nutrição, inseminação artificial e pastagem. Realizado pelo Sindicato Rural e Prefeitura de Corumbá, com apoio da Embrapa Pantanal, Leiloboi e Associação Comercial, o evento comercializou R$ 1,7 milhão na venda de animais, tratores e suprimentos.

O ponto alto da feira foi o leilão de 120 touros de alto padrão, produzidos pelo grupo Grandene, de Cáceres (MT), alcançando a média nacional de R$ 8 mil por animal. Alguns animais alcançaram a cifra de R$ 36 mil, pela qualidade genética e facilidades no pagamento (em até 24 parcelas). A comercialização do leilão somou R$ 920 mil, com a promessa do Grupo Grandene de retornar à feira do próximo ano com 300 touros.

“Alcançamos liquidez total nos leilões, com a grande maioria dos animais sendo comprados pelos pantaneiros. Isso significa animais de alta qualidade sendo introduzidos no Pantanal e melhorando a nossa pecuária”, afirmou Luciano Aguilar Leite, presidente do Sindicato Rural de Corumbá e secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Sustentável.

Parceria de resultados

O leilão de gado de corte e tropa de serviço também foi um sucesso, com um movimento de R$ 336 mil. Vaca boiadeira foi arrematada a R$ 1.118,00, enquanto os preços das fêmeas de 18 e 12 meses, oscilaram entre R$ 1.040,00 e R$ 820,00; os machos, entre R$ 1.240,00 e 1.1867,00. Foram leiloados cavalos das raças pantaneira, quarto de milha e crioulo para serviço, alcançando valores (R$ 3 mil) superiores a 100% do preço de mercado.

Para Luciano Leite, a feira superou as expectativas, graças a parceria forte envolvendo a prefeitura, a Associação Comercial, que levou o Sesi para dentro do Parque de Exposição Belmiro Maciel de Barros; da Embrapa Pantanal, por meio de palestras; e a Leiloboi, que trouxe a genética bovina de última geração com a presença dos touros da Grandene. “As palestras foram voltadas para a pecuária do Pantanal”, destacou ele.

Para o diretor do Grupo Grandene, Ilson Corrêa, os valores alcançados com os touros foram significativos. “Nos surpreendeu bastante, embora já tivéssemos conhecimento do grau de tecnologia animal que se introduz aqui no Pantanal de Corumbá por conta da chegada de nova geração de produtores pantaneiros”, disse. “Estamos entrando em um grande mercado adormecido e apostando nele para futuros e excelentes negócios”, frisou o empresário.

Apostando na região

O leiloeiro Carlos Guaritá também faz um resumo otimista da feira, destacando a participação dos pantaneiros e a movimentação financeira em um cenário de incertezas na economia nacional. “Realizar um evento como esse, trazendo o melhor da genética bovina do Brasil, é acreditar no Pantanal e em Mato Grosso do Sul”, frisou. “A entrada de animais de elite e o conhecimento gerado com as palestras agregam sem dúvida na produção.”

A 1ª Feira Agrotecnológica do Pantanal contou com cursos e palestras sobre plantio de pastagem, nutrição animal, manejo reprodutivo: IATF + CIO e uso do sêmen refrigerado bovino no Pantanal, plantio de sorgo e touros pantaneiros com DEPs e o impacto econômico estimado para o sistema de produção na região e energia solar. Várias empresas de suprimentos, comércio de madeira e implementos agrícolas expuseram seus produtos no parque.