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Sista critica Reitoria da UFMS por não reagir a cortes no orçamento e de cursos

2 MAI 2019 • POR Assessoria de comunicação • 09h52

A apatia da reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS diante das ações do governo, que tem arrochado a situação das universidades brasileiras com ações como corte de cursos e a mais recente medida de redução de 30% de seu orçamento, foi alvo de críticas da coordenação do SISTA-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Institutos Federais de Ensino de Mato Grosso do Sul) ontem, durante as comemorações que a entidade promoveu pelo Dia do Trabalhador, onde mais de mil servidores compareceram com seus familiares.

O sindicato esperava que a direção da UFMS fosse mais enérgica e que demonstrasse sua indignação com o descaso do governo com o ensino superior público no país. Por sua vez, os servidores buscam se unir para fazer a sua parte, como afirma o coordenador geral do SISTA-MS, Waldevino Basílio: “O objetivo dessa festa é fortalecer os laços existentes entre os trabalhadores da UFMS, para que tenhamos maiores apoios quando enfrentarmos os ataques que recebemos de todos os lados”.

Basílio disse também que são tantos os problemas que os trabalhadores enfrentam hoje na Nação que os deixam desanimados, com medo. “Essa nossa confraternização ajuda a quebrar esse individualismo e dar esperança de que por intermédio da luta, podemos reverter muitas dessas ameaças”, afirma o coordenador geral, citando como exemplo a reforma da Previdência, que pode sofrer a influência dos trabalhadores para que não penalize tanto essa classe.

Cléo Gomes, que também é coordenadora geral do Sista-MS, diz também que independentemente do fortalecimento da categoria, essa confraternização no Dia do Trabalhador é necessária, mesmo que para simples valorização dele, do trabalhador. “Essa é uma oportunidade de nos confraternizarmos com os servidores da ativa e também com os aposentados, que deram sua vida de trabalho à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul”, afirmou ela.

A coordenadora do sindicato também teceu duras críticas ao Governo Bolsonaro pelo corte de 30% dos recursos das universidades federais da Bahia, Fluminense e a UNB. “Justamente as três que mais faziam duro embate contra as medidas do próprio governo. Não temos dúvida de que essa foi uma forma de retaliação, para calar as universidades”, afirmou.

REITORIA PACÍFICA – O Sista-MS critica o comodismo da reitoria da UFMS em relação aos cortes de investimento no setor. “Nossa universidade não se manifesta. Insiste em permanecer apática, passiva, como se não quisesse criar desconforto ao Governo, mesmo sofrendo pesados cortes em seu orçamento”, criticou a coordenadora geral. Ela citou também que a universidade não se manifestou sequer com relação aos cortes de financiamento aos cursos de filosofia e sociologia, que são fundamentais para a formação de cidadãos críticos.

A direção do Sista-MS adverte a reitoria da UFMS e alerta também os servidores de que essas medidas tomadas pelo Governo Federal, até agora, são apenas o começo de outras investidas para acabar com as universidades públicas no país. “Esse é um momento muito especial em que todos devemos refletir, ponderar e nos organizarmos para a luta. As pessoas, inclusive aquelas que ocupam cargos de destaques, precisam refletir sobre tudo o que está acontecendo no país e nós, na área universitária, para nos indignarmos mais com essas medidas que estão sendo tomadas”, ressaltou a coordenadora geral do Sista-MS.