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Abono salarial: Sindicalistas querem diálogo direto com governador

1 MAI 2019 • POR Sylma Lima • 09h39
Bueno disse que agradece , mas não quer que governo use deputados na negociação - Sylma Lima

Assembleia aprovou a prorrogação do abono e salário dos servidores  na manhã desta terça-feira,30, com plenário lotado. Segundo Ricardo Bueno, representante do Sindicato dos Servidores da área da saúde, que  conversou com o Capital do Pantanal  durante a sessão  a defasagem salarial que vem desde 2016, quando o governo teria dado o aumento de R$ 200,00 para os servidores., “ esse projeto vem de um acordo entre governo e sindicato. Temos visto o governo aumentar salários de cargos comissionados, aumentar o salário dele, e quando se trata de servidor, nunca consegue incorporar esse aumento. Sempre vem a mesma desculpa e nunca resolve a situação em definitivo” , disse o sindicalista.

Bueno disse que é possível fazer, mas deu um alerta, “ não adianta usar os deputados para negociar, nós agradecemos mas, tem que sentar na mesa com servidores” .

O problema é que foi prorrogado por mais dois meses e isso tem gerado um atrito entre os servidores e o governo.  21 deputados estaduais aprovaram por unanimidade  o projeto de lei enviado dia (29) pelo executivo estadual.

Servidores , representantes dos sindicatos, acompanharam a votação. Foto: Sylma Lima

Segundo o site Campo Grande News,  a intenção do governo é manter o benefício até que a próxima decisão seja tomada. O "futuro" do abono depende do que vai apontar o relatório de gestão fiscal, que pode apontar “ultrapassagem” do limite prudencial - comprometimento da receita com gasto de pessoal -, conforme prevê a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

Com o projeto, ficou alterada, também, a data de pagamento dos servidores. Os funcionários da máquina estadual receberiam na quinta-feira (2), mas para conseguir incorporar o abono imediatamente, o governo vai depositar os salários na sexta-feira (3) e os valores estarão disponíveis para saque no sábado (4).

O benefício vigora até o dia 31 de maio. Foram necessárias duas sessões extraordinárias, além da ordinária, para aprovar o projeto, que segue para sanção do governo. “Foi uma decisão em conjunto”, destacou o líder do governo na Casa, deputado José Carlos Barbosa (DEM).

Barbosa ainda disse que o projeto foi “um esforço do governo que já paga em dia e que concedeu [abono] por mais dois meses”. “Agora resta esperar a próxima decisão”, ressaltou o deputado.