Músico de Corumbá, Dary Jr. lança projeto musical com clipe inspirado por Manoel de Barros
10 ABR 2019 • POR Assessoria de Comunicação • 08h17Reinvenção artística do cantor e compositor Dary, o projeto Dario Julio & Os Franciscanos propõe uma viagem ao tempo em sua estreia. Descrito como algo que estaria tocando em uma rádio AM em meados dos anos 70, o projeto marca o começo oficial da carreira solo do artista sul-mato-grossense radicado no Paraná. O primeiro single, “Como Diria o Poeta”, é uma homenagem ao escritor Manoel de Barros. A faixa ganha um clipe, já disponível no YouTube.
Veja “Como Diria o Poeta”: https://youtu.be/-6Uk4AjKKvk
A música é uma jornada sentimental pelas imagens da infância do compositor para homenagear o poeta pantaneiro e fazer um passeio pela cidade natal de Dary, Corumbá. Essas lembranças inspiraram o artista no álbum “O Menino Velho da Fronteira”, que junta o soft rock, o brega e a MPB radiofônica do início dos anos 1970.
Conhecido pelo seu trabalho com as bandas Terminal Guadalupe e lorena foi embora..., Dary começou a chamar atenção no começo dos anos 2000. Ao lado do Terminal Guadalupe, ele conseguiu o respeito da crítica com sua música cheia de influências pós-punk e crítica social. A banda ganhou, pelo voto popular, o Prêmio Laboratório Pop de Melhor Disco Independente de 2005 com o álbum “VC Vai Perder o Chão”. Em 2007, o disco “A Marcha dos Invisíveis” entrou nas principais listas de melhores álbuns do ano da mídia especializada. O tom politizado das letras mudou de foco, com o compositor buscando resistir em forma de afeto.
"Ainda digo e penso quase as mesmas coisas sobre o mundo e as pessoas, mas o tempo e a vida me fizeram buscar outras palavras", justifica Dary.
O novo projeto começou a ganhar forças em 2014, quando Dary foi convidado para participar do álbum “Ainda Somos os Mesmos”, tributo ao disco “Alucinação”, de Belchior. A regravação de “Apenas Um Rapaz Latino-americano” foi a primeira de Dario Julio & Os Franciscanos e contou com o apoio decisivo do multi-instrumentista Matt Duarte. No final do mesmo ano, já ao lado de outro multi-instrumentista, Manoel Magalhães, foi convidado para mais um tributo, agora para celebrar os 30 anos da banda Engenheiros do Hawaii - “Números” foi a canção regravada.
A partir de 2017, Dary começou a escrever novas músicas e a resgatar composições perdidas, se distanciando do que já havia feito em trabalhos anteriores e focando em revisitar as suas memórias. Assim como o projeto teve sua gênese nos tributos a artistas que marcaram sua trajetória, as músicas que Dary ouvia enquanto crescia serviram de inspiração para o álbum de estreia.
Com a ajuda do guitarrista Bruno Sguissardi, convidado a produzir o material, ele passou a formatar “O Menino Velho da Fronteira”. Além de Dary e Bruno, o disco conta com Ivan Rodrigues (bateria), Marcelo França (baixo), Matheus Bittencourt (guitarra) e Romann (piano e teclado).
Antecipado pelo single “Como Diria o Poeta”, que ganhou vídeo dirigido por Rapha Moraes, o disco de estreia de Dario Julio & Os Franciscanos chega aos serviços de streaming em abril.
Veja “Como Diria o Poeta”: https://youtu.be/-6Uk4AjKKvk
Ficha Técnica:
Gravado no estúdio Toca do Javali, em Curitiba.
Produzido e mixado por Bruno Sguissardi
Masterizado por Jeferson Krul
Dary - voz
Bruno Sguissardi - guitarra, violão e vocais
Matheus Bittencourt - guitarra
Marcelo França - baixo
Romann - piano
Ivan Rodrigues - bateria
Letra
"Como diria o poeta"
(Dary)
Hoje, eu vou bancar o Manoel
E vestir roupa rasgada nas ideias
Te pego às 11 com meu violão
No murinho em frente a Santa Teresa
Aí, a gente vai riscar o céu
As estações serão só primaveras
Tomar você com mate chimarrão
Eu faço disso uma certeza
Hoje, eu vou além da América
Peguei carona com o Seu Narciso
Menino velho da fronteira eu sou
E carrego o sentimento mais profundo
Minha raiz é minha ética
E me deu tudo do que eu preciso
Índio, negro e português, amor
Todas as raças deste mundo
O que aconteceu foi tão particular
Aquele menino, seu destino: Rua Cuiabá
Agora, venha aqui, um beijo em mim
Que a praça vai cantar
Um dia eu fui embora
Um sonho em cada mão
E a pressa de chegar
Mas aprendi que a história
Sempre é construção
Não pare de sonhar
Por isso, volte aqui, um beijo em mim, que eu vou continuar...