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Assassino de professora tenta enganar a polícia e acaba preso

10 MAR 2019 • POR Sylma Lima • 16h26
Edevaldo, assassino, trabalha numa mineradora e não aceitou o fim do relacionaamento - Reprodução Face Book

O crime chocou a cidade de Corumbá nesta manhã de domingo, 10 de Março, dois dias após as comemorações do dia da Mulher. A professora Nadja Sol Neves, 38 anos, foi morta pelo ex companheiro Edevaldo Costa, com 36 facadas , por volta das 7:30h, na casa da vítima,  na Alameda Idalina, bairro Universitário.

Delegado Fernando Araújo prendeu o assassino em flagrante. Foto: Sylma Lima

Edevaldo, seguiu a professora após vê-la em companhia de amigos num pagode da cidade , e ficou de ‘espreita’ ate ela chegar em casa pela manhã. Após discussões , Edevaldo, pegou uma faca que estaria na janela do imóvel, e deu 36 golpes contra a professora porque ela pos fim a um relacionamento. Em seguida para fraudar o flagrante e escapar impune, ele foi e se apresentou na delegacia de polícia civil. Segundo o Delegado Fernando Araujo  da Cruz Junior, que preside este inquérito policial, “mantive preso porque a vítima já estava morta e havia perseguição policial” . Fernando explicou que ele vai responder por homicídio com vários agravantes como o ‘feminicidio’ ( homicídio qualificado pena de 12 a 30 anos de cadeia), além disso pode responder por outras qualificadoras como , motivo fútil, emboscada e traição. A lei Maria da Penha esta em vigor desde 2006 e crimes contra às mulheres continuam acontecendo, porque, os parceiros se recusam em perder e não aceitam que as ex parceiras tenham outro.

Professora Nadja Luz, mais uma vítima de feminicídio. Foto: Reprodução Face Book

Depoimento

À polícia civil Edevaldo disse que, viu a ex num pagode acompanhada de duas amigas e um homem. Ela saiu da casa noturna, ele foi atrás dela. Chegando na residência de Nadja, o carro dela estava estacionado, mas ela não se encontrava. Ele perguntou para vizinhos que afirmaram que a vítima deixou seu carro e entrou num outro ,cujas as características do condutor batem com a do homem que estava  no pagode. Ele ficou esperando ela chegar e partiu para a agressão com uma faca, que segundo o acusado, estava na janela. Nadja ainda tentou dizer para ele que estava gravida para que ele parasse com os golpes, as ele continuou até mata-la. Após perícia o delegado Fernando Araujo disse que a autopsia revelou que Nadja não estava gravida, “ possivelmente tentou se salvar, apelando , mas não deu certo” .

Quanto a Edevaldo ele tentou enganar a polícia se apresentando, acabou preso em flagrante delito (havia perseguição)  e deve passar por audiência de custodia, e com os agravantes do  diante do ‘modus operandis’ deve pegar mais de 30 anos de prisão.

Nadja havia saído com amigas para comemorar o aniversário de 38 anos neste domingo, 10, mas acabou morta tragicamente. Ela dava aula de Português nas escolas Pedro Paulo de Medeiros e Isabel Correa. A família estava fazendo uma ‘’vaquinha’ para custear o velório.

Faca usada no crime.  Perícia constatou 36 golpes no corpo da professora. Foto: Divulgação Polícia Civil