'Golpes' no Paraguai fazem barão do ferro em MS ser preso na Itália
2 MAR 2019 • POR Correio do Estado • 09h36Milionário, principal acionista de uma das principais siderúrgicas que atuam em Mato Grosso do Sul e constantemente homenageado pelos políticos do Estado, Gustavo Trinidad Corrêa foi preso pela Interpol (polícia internacional) na Itália, em 21 de janeiro. Apesar da data, o fato só foi comunicado nesta semana, pelo jornal paraguaio 'ABC Color'.
Segundo o periódico, Corrêa é acusado de estelionato, golpe e fraude no país vizinho, motivo pelo qual o ministério público local pediu sua prisão.
Em comunicado, a Vetorial Brasil informou que o milionário manteve a administração da empresa por meio da internet, já que teria sido beneficiado com a prisão domiciliar.
Com unidades em Corumbá, Ribas do Rio Pardo, Água Clara e Brasilândia, a Vetorial chegou a ter quase 1.000 funcionários, alé, de manter planos de investir em mineração e ser a principal investidora da reativação da estrada de ferro no Estado.
A ousadia levou Corrêa a ser homenageado pelo Estado. O empresário foi agraciado com os títulos de cidadão tanto de Campo Grande quanto de Mato Grosso do Sul.
A acusação da promotoria paraguaia diz que Corrêa, junto com um sócio argentino, deu golpes e deixou dívidas de até US$ 7,7 milhões (quase R$ 20 milhões) com empresários e clientes paraguaios após o fim das aividades da Vetorial no país, no final de 2017.
Por meio de nota divulgada, a Vetorial Brasil diz que o caso se refere à filial do Paraguai, mas as cifras seriam bem menores, por volta de US$ 236 mil (cerca de R$ 920 mil).