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Indenização da Vale por secar córrego em Corumbá não foi para comunidade

2 FEV 2019 • POR Correio do Estado • 11h27
Dinheiro acabou não sendo aplicado exclusivamente na área atingida pela degradação - Blog Vale do Urucum

Há 18 anos, a empresa Urucum Mineração S.A (incorporada ao grupo Vale) provocou um dos maiores danos ambientais que a população de Corumbá já presenciou. Na época, o Córrego Urucum – localizado na região conhecida como Maciço do Urucum, na cidade branca – secou, em consequência das atividades da mineradora.

Ficou constatado que a empresa provocou a interrupção da vazão originária do curso hídrico, além do desabastecimento de assentamento local e secamento da Lagoa Jacadigo.

O estudo geoambiental concluiu que o córrego secou porque a exploração mineral provocou o rebaixamento do lençol freático. Duas grandes explosões na mina seriam a principal causa do desastre ambiental.

O crime ambiental afetou a economia e a qualidade de vida de moradores, uma vez que o desaparecimento do córrego atingiu também propriedades rurais e cerca de 130 famílias do assentamento Urucum.

Agravada com o tempo, a situação de extrema degradação ambiental chamou a atenção do Ministério Público Estadual (MPMS), que ingressou com uma ação civil pública na Justiça, em 2010, pedindo a condenação da mineradora por dano ambiental.