Geral

Mãe de santo vai a júri acusado de matar homem após briga em terreiro

17 JAN 2019 • POR Correio do Estado • 08h16
Mãe de santo é uma das cinco envolvidas no assassinato - Foto: Arquivo / Correio do Estado

Mãe de Santo, Ana Maria Calixto irá a júri nesta quinta-feira (17), acusada de envolvimento no assassinato do ajudante de tornearia Hélio Teixeira da Costa, 29 anos, ocorrido no ano passado, em Campo Grande. Ela é uma das cinco acusadas de concorrer para o homicídio qualificado.

Crime aconteceu no dia 29 de janeiro de 2017. Hélio foi morto com facada no pescoço depois de supostamente incorporar espírito e tentar matar a mãe de santo de terreiro Umbanda, localizado no Bairro Tijuca, que também estaria tomada por outro espírito.

Consta no processo que no dia anterior ao crime, a vítima teria ido à casa da mãe de santo, local onde funcionava um centro de candomblé e estava sendo realizada a “festa de Exú”. Na madrugada seguinte,  ele retornou à residência.

Teixeira, que estava com faca na cintura, foi contido e espancado por outros quatro frequentadores do terreiro: Gleibson José de Lira, esposo de Ana Maria, José Glebson de Lira, cunhado dela, Lucas Rodrigues de Almeida e um outro rapaz.

Após as agressões, ele foi obrigado a entrar em veículo com os suspeitos, onde continuou sendo agredido e, nas proximidades do Bairro Aeroporto, teve a cabeça colocada para fora do carro e o pescoço cortado por Rodrigues.

Segundo o Ministério Público, o crime teria sido praticado por meio cruel, pois os acusados, agindo em maior número, agrediram a vítima com chutes, socos e golpes de faca, causando-lhe inúmeros ferimentos enquanto vivo, apenas com o intuito de prolongar e intensificar sua dor. Por fim, cortaram-lhe o pescoço, terminando de matá-lo.

Todos os acusados foram pronunciados pelo juiz titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete de Almeida, no crime de homicídio qualificado pelo meio cruel.

Quatro acusados recorreram da sentença e tiveram seu julgamento suspenso até decisão dos recursos. Como apenas a mãe de santo não recorreu da decisão de pronúncia, o processo foi desmembrado em relação a ela, tendo sido agendado seu julgamento para amanhã.