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Na abertura da Feapan, mercado do boi mostra reação após cheia no Pantanal

16 NOV 2018 • POR Assessoria de imprensa • 10h51
Abertura da Feapan contou com presença de autoridades locais - Divulgação

Com o pantaneiro ainda enfrentando dificuldades para manusear o gado após a última cheia na planície – março a agosto -, a pouca oferta de boi magro no mercado e o aumento da arroba estão elevando os preços dos animais de cria, conforme ficou constatado no leilão de gado de corte realizado na abertura da Feira Agropecuária do Pantanal (Feapan 2018), na noite desta quinta-feira, em Corumbá.

“Está havendo muita procura e pouca oferta e, com isso, obtivemos bons preços nos leilões, onde alguns lotes foram bem disputados”, informou o leiloeiro Carlos Guaritá, da Leiloboi, que realiza os eventos da Feapan. O presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Luciano Leite, disse que o mercado está reagindo a esta tendência, arrematando no leilão bezerro a R$ 1.300,00 e vaca a R$ 1.000,00, prevendo  preços em alta.

Cavalo pantaneiro

As dificuldades de manejo do gado e o período da vacinação foram determinantes para a comercialização de apenas 550 animais (distribuídos em 30 lotes) de cria e recria, no primeiro leilão da Feapan, segundo Carlos Guaritá, quando se esperava o dobro. “Mas foi um excelente leilão, com uma média ótima de comercialização”, disse ele. O leilão atraiu compradores de várias regiões do Estado.

Nesta sexta-feira, às 20h, será realizado o leilão de 200 touros (reprodutores das raças nelore, nelore mocho, guzerá e caracu) de alto padrão genético, se esperando também uma noite de grandes negócios no Parque de Exposição Belmiro Maciel de Barros.  No sábado (17), acontece o leilão de 40 cavalos pantaneiros criados no Estado e em Poconé (MT), com transmissão pelo Canal do Boi, no Clube Corumbaense.

Novo mandato

Durante a abertura da Feapan 2018, uma das maiores feiras do Pantanal, o presidente o Sindicato Rural de Corumbá, Luciano Leite, fez um balanço da sua gestão, comandando uma diretoria jovem em uma das entidades rurais mais antigas do Estado, e destacou que hoje o sindicato se profissionalizou e tem atuado em várias frentes. Ele continua no cargo em 2019 para cumprir o terceiro mandato.

Luciano citou como ações o atendimento em saúde aos trabalhadores rurais, a realização de 157 cursos de qualificação profissional em 2018, beneficiando 1.900 pessoas, e os investimentos na melhoria do parque de exposição, onde foi construído um novo curral para mil animais e a pista de laço. Também destacou a participação do sindicato no programa Agrinho, da Famasul, envolvendo 53 escolas e 15.468 alunos.

Restrições ambientais

Representando a Famasul (Federação de Agricultura de MS) no evento, o pecuarista Leonardo de Barros exaltou o que chamou de festa típica pantaneira e cobrou do Município a inclusão da Feapan no calendário de eventos. “Esta feira é um congraçamento, de vender e comprar, uma troca de experiências”, disse. Barros cobrou menos restrições ambientais ao pantaneiro ao citar o projeto 750, que tramita no Congresso.

Presentes ao primeiro dia da feira o prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes; o vereador Evander Vendramini, presidente da Câmara e eleito deputado estadual; o chefe da Embrapa Pantanal, Jorge Antônio Ferreira de Lara; criadores do cavalo pantaneiro; invernistas e pecuaristas. A Feapan tem o apoio da Prefeitura de Corumbá e da Famasul. Conta com a participação de expositores, shows gratuitos e palestras.