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Azambuja é reeleito governador de Mato Grosso do Sul

28 OUT 2018 • POR Carta Capital • 20h32
Azambuja conseguiu vencer o segundo turno numa disputa acirrada - Divulgação

O tucano teve 52,35% dos votos válidos, contra 47,65% do Odilon (PDT). Mais de 98% das urnas haviam sido apuradas

O tucano Reinaldo Azambuja se reelegeu governador do Mato Grosso do Sul com 52,35% dos votos, contra 47,65 dos votos dados ao seu adversário, o pedetista Juiz Odilon. Até as 19 horas 98,12% das urnas haviam sido apuradas, segundo o Tribunal Superior Eleitoral

Azambuja é um influente agropecuarista do centro-oeste brasileiro. Já foi prefeito no interior do estado, além de deputado estadual e federal.

Em 2014 ficou em segundo lugar para o governo no primeiro turno, e conseguiu vencer a disputa na etapa final contra Delcídio Amaral. Em 2017 conseguiu aprovar um controverso projeto de reforma da previdência estadual, mesmo sob forte pressão da população e sindicatos, e marcado pela repressão violenta dos manifestantes na Assembleia.

Também em 2017 o governador foi citado na delação premiada do empresário Wesley Batista, da JBS. A investigação motivou cinco pedidos de impeachment contra o governador. Todos foram arquivados.

Em setembro deste ano foi alvo da operação Vostok, da Polícia Federal, que investiga um esquema de propina por meio de isenções fiscais a frigoríficos do estado. Azambuja prestou depoimento e foi proibido de se comunicar com outros investigados, incluindo o filho, Rodrigo Souza, preso na operação.

Este ano venceu a disputa do pedetista Juiz Odilon, ou Odilon de Oliveira, um juiz criminal aposentado que se destacou na cena pública por trabalhar no combate ao crime organizado. Em 2007 Odilon pediu aposentadoria para poder concorrer às eleições.

Se filiou ao PDT em 2017 - sua primeira passagem por um partido político - e contou com forte apoio de Ciro Gomes, candidato à presidência pela legenda, e dos presidentes nacional e estadual da legenda, Carlos Lupi e Dagoberto Nogueira.

No segundo turno, à revelia de seu partido, apoiou Jair Bolsonaro para a presidência.