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Sesi e Microsoft alinham implementação de plataformas inovadoras para a educação

26 JUL 2018 • POR Kamilla Marques • 10h50
Srá feita uma capacitação com os professores para que possam interagir com os alunos nas mais modernas ferramentas da educação - Daniel Pedra

Como desdobramento da missão do Sesi realizada em junho deste ano à sede corporativa da Microsoft, localizada na cidade de Redmond, no Estado de Washington, nos Estados Unidos, foi realizada, nesta quarta-feira (25/07), na sede do Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), uma reunião para alinhar a inserção das metodologias e ferramentas desenvolvidas pela empresa de softwares de computador, produtos eletrônicos, computadores e serviços pessoais nas escolas da instituição em Mato Grosso do Sul. De acordo com a parceria entre o Sesi e a Microsoft, será feita uma capacitação com os professores para que possam interagir com os alunos nas mais modernas ferramentas da educação a partir de 2019.

“Quando falamos em novo modelo de ensino, estamos inserindo no Sesi um itinerário formativo, com base nas ferramentas, principalmente na plataforma Office 365, e já entendendo que vamos oferecer aos nossos alunos um conteúdo muito mais abrangente, considerando aí Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, para trazer um ensino que antes estava no analógico para o digital. Com isso, fazemos com que o aprendizado seja muito mais eficiente, mais atrativo, com muito mais profundidade e mais rapidez”, afirmou o superintendente do Sesi, Bergson Amarilla, acrescentando que as novas ferramentas a serem implantadas nas escolas também serão ampliadas para o Senai e para o Sistema Fiems.

Na avaliação do diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, que também participou da reunião, é fundamental a utilização de novas tecnologias para melhorar os processos. “Com a nossa articulação entre Sesi, Senai e IEL na educação, queremos consolidar o que há de mais moderno no mundo nas escolas do Sistema Indústria de Mato Grosso do Sul, quebrando os paradigmas de carteiras enfileiradas e uma aula expositiva em que só o professor fala e o aluno escuta. E não basta só trazermos essas tecnologias, precisamos de toda uma estrutura para esse suporte, então vamos também treinar nossos colaboradores, que já estão alinhados com a Indústria 4.0”, comentou.

Segundo a gerente de educação do Sistema Fiems, Simone Cruz, as escolas do Sesi já utilizam a plataforma Office 365, da Microsoft, mas a ideia agora é fazer um aprofundamento dessa ferramenta como estratégia para aprendizagem colaborativa. “Precisamos transformar isso num trabalho colaborativo, de equipe, promovendo uma interação entre as escolas, entre os estados e países, então ela rompe a barreira da sala de aula e traz uma proposição didática disruptiva, que quebra com esse modelo tradicional de se aprender ouvindo para um aprender fazendo, um aprender dialogado, então ela favorece essa ambientação de uma nova didática para um novo século, para novas profissões que estão vindo aí e ajuda no desenvolvimento de habilidades essenciais para o século 21”, disse.

O executivo de contas do segmento educacional da Microsoft, Ronney Rios, explicou que a educação é o meio mais eficaz de promover transformações em todo mundo e, para isso, a empresa disponibiliza uma série de subsídios para “empoderar” as pessoas com soluções gratuitas, como a plataforma de produtividade e cooperação Office 365. “Essa plataforma tem ofertas muito além do pacote de Word, Power Point e Excel, que as pessoas estão habituadas, e consegue fazer uma transformação digital no mundo da educação e, particularmente, no Sistema Indústria, que está muito conectado com a indústria 4.0 e com criação de modelos disruptivos de educação”, declarou.

Já o consultor de aprendizagem da Microsoft, Marco Rosselini, ressaltou que os trabalhos consistirão em ajudar os professores da Escola do Sesi a utilizar a tecnologia de uma maneira que seja relevante para o ensino. “De uma maneira geral, a educação ainda é muito centrada naquela visão de professor e aluno, mas é um cenário que precisa mudar, porque é extremamente exaustivo para o professor e improdutivo para o aluno e também porque não trabalha as habilidades tidas como essenciais para o século 21. Eu acredito que há um potencial muito grande nas pessoas que é bloqueado por essa maneira de se ensinar que ainda é vigente em sua maioria e que a tecnologia pode ajudar a desbloquear”, argumentou.

Ele ainda acrescentou que pesquisas apontam que 65% das pessoas em idade escolar irão trabalhar no futuro em profissões que ainda não existem. “Para preparar esses jovens para essa nova realidade, serão necessárias um novo conjunto de habilidades, tidas como essenciais, como comunicação, colaboração, pensamento crítico, pensamento computacional e eu vejo no Sistema S uma sintonia muito grande nessa abordagem, de conseguirmos realizar atividades que ajudem os alunos a explorarem essas habilidades e ajudem a coloca-los no papel de protagonismo, sendo ativos no processo de aprendizagem”, finalizou.