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Insegurança e crise impediram brasileiros de tomar vacina

4 JUL 2018 • POR Kamilla Marques • 09h47
A campanha nacional de vacinação contra a gripe não atingiu a meta colocada pelo Ministério da Saúde de imunizar 90% do público-alvo - Divulgação

Mesmo após passar por diversas prorrogações, a campanha nacional de vacinação contra a gripe não atingiu a meta colocada pelo Ministério da Saúde de imunizar 90% do público-alvo.

Como consequência, algumas doenças estão propagando em diversas regiões do país. Mas ao julgar a população pelo não comparecimento ou falta de responsabilidade, será que a situação atual não implica nessas consequências? 

Conversamos com a esteticista Jarciaria, que vive na Barra da Tijuca, que nos contou que não tomou as vacinas mas não por irresponsabilidade, mas sim por precaução referente a violência e a necessidade de trabalhar.

"Ouvi em um jornal que era um absurdo estarmos passando por surtos pois a população não foi tomar vacina. Agora eu pergunto, no Rio de Janeiro por exemplo, qual a garantia que sair de casa é seguro? Qual a garantia que se for tomar vacina, não terei que passar o dia inteiro em uma fila e perder um dia de trabalho? Perder um dia de trabalho nessa crise grave que estamos vivendo, não é nada fácil. Tenho princípio de síndrome do pânico, tenho receio de sair de casa, vivo com os vidros fechados, com insulfilm do mais escuro achando que me mantenho segura assim. Até no shopping da Barra eu fecho os vidro com medo pois até lá tem assaltos. Ser mulher em uma cidade tão violenta não é fácil".