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Redução e isenção não satisfazem caminhoneiros

23 MAI 2018 • POR José Carlos Cataldi • 07h45
Proposta não satifez categoria - G1/MS

Protesto de caminhoneiros persiste em todo o país, agora sem bloqueio de rodovias, mas, sem entrega de cargas, sobretudo combustíveis. Profissionais acham que é pouco reduzir em 2% o valor da gasolina, em nível de refinaria, e, de 1,7% no diesel. Aceno de isenção de imposto no combustível para transporte também não comoveu a classe.

Diante de liminares estabelecendo multas de até R$ 300 mil para quem obstruir rodovias, o fluxo é permitido em uma faixa, nas principais estradas do país. Mas nas laterais são vistas faixas convocando greve geral em caminhões estacionados ou transitando em operação tartaruga.

Gasolina e diesel começam a faltar em algumas regiões por falta de entrega. Fluxo de soja até os portos e indústrias de carnes já se ressentem. Redes de supermercados não sabem até quando resistem ao desabastecimento. Aeroporto de Brasília sinaliza para dificuldade em reabastecer aeronaves. No Rio de Janeiro, empresários de ônibus estão em vias de colocar apenas metade da frota à disposição dos passageiros. Tudo isso por conta da dificuldade da entrega de combustíveis.

Protestos avançam pelo terceiro dia, agora com a adesão em 20 dos 27 estados da federação. Ministro do Planejamento, Esteves Colnago não descarta hipótese de novo imposto para cobrir a isenção de tributo a ser concedida aos caminhoneiros.

Uma greve de caminhoneiros, tempos atrás, foi o estopim para derrubar o governo de Salvador Allende, no Chile.