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Coletivo Veraju leva espetáculo “Mborahéi Rapére” ao 14º FASP

11 MAI 2018 • POR Prefeitura de Corumbá • 10h12
Espetáculo é uma releitura de cantos indígenas, em especial os dos Kaiowá - Divulgação

“Mborahéi Rapére – Pelas trilhas do Canto” é o nome do espetáculo que o coletivo Veraju vai apresentar no terceiro dia do FASP (26/05), às 16h, no Anfiteatro Salomão Baruki, no Campus Pantanal da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Ele já percorreu nas comunidades indígenas de Amambai, Caarapó, Dourados, Douradina e Campo Grande, assim como aos palcos das cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Ponta Porã e Asunción, no Paraguai.

O espetáculo “Mborahéi Rapére – Pelas trilhas do canto” é uma releitura de cantos indígenas, em especial os dos Kaiowá, explorando diversas possibilidades harmônicas, rítmicas, melódicas e cosmológicas dessas canções, razão pela qual o trabalho cênico-musical se desenvolve também com base em mitos e danças indígenas, considerados tradicionais pelas comunidades. A percepção Guarani e Kaiowá da realidade está presente do começo ao fim do espetáculo e introduz o público nos caminhos da palavra-cantada, nos seus símbolos e significados, nas reivindicações que elas exprimem, na beleza. O repertório inclui cantos dos grupos étnicos Mbyá, Huni Kuin, Shipibo e Krahô.

O projeto surgiu dos projetos “Cantos e Danças Indígenas” e “Música Indígena no Palco”, que reuniu artistas, docentes e estudantes das artes e da história indígena, com interesse na música indígena local. O encontro e a partilha entre estas pessoas e as comunidades indígenas Guarani e Kaiowá de Dourados e Douradina resultou em uma criação colaborativa que proporcionou um diálogo entre a matriz cultural indígena e as linguagens do circo, do teatro e da performance.

O grupo contou com a orientação das mestras tradicionais das comunidades indígenas: Floriza Sousa da Silva, da aldeia Jaguapiru; Tereza Martins, da aldeia Bororó; Nona Merenciana, do Itay; Adelina (Merina) Ramona e Neusa Concianza, do Guyra Kambiy; além da orientação da professora Graciela Chamorro, da etnomusicóloga Magda Pucci (Grupo Mawaca/SP) e da artista Arami Marschner. O espetáculo conta com a participação especial do grupo de canto Okaraguyje Taperendy, da comunidade Kaiowa de Itay (Douradina/MS), coordenado por Joel Hilton. As informações são do site do Festival América do Sul Pantanal.