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Comissões apuram mortes presídios de Corumbá e Dois Irmãos do Buriti

1 MAR 2018 • POR Sylma Lima • 08h12
Foto do pescoço da Larissa no caixão. Fata de sinais que indicariam ssuicídio levaram a família a entrar na justiça. Foto: Arquivo Capital do Panatanal

A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) divulgou nesta quinta-feira (1) a abertura de sindicâncias para apurar a morte de detentos em presídios de Corumbá e Dois Irmãos do Buriti.

Em Corumbá, uma comissão foi formada para apurar as condições do óbito da detenta Larissa Cristina de Oliveira Cândido, 27 anos, encontrada morta em uma cela do Estabelecimento Penal Feminino do município no dia 28 de dezembro do último ano.

Larissa foi encontrada enforcada por uma corda artesanal feita com lençóis, amarrada às grades da cela, depois de ter sido isolada no local após causar um tumulto no presídio. A detenta estava presa por tráfico de drogas desde janeiro do último ano.

O caso de Larissa chamou a atenção dos familiares porque não havia marcas de enforcamento no pescoço (conhecida como laçada) e trazia muitos ferimentos evidentes, como maxilar e nariz quebrado. A mãe de Larissa registrou boletim de ocorrências em Corumbá cobrando a causa da morte da filha que estava prestes a sair, gozando do regime semi- aberto. Este caso ganhou repercussão após denuncia de internas ao site de noticias Capital do Pantanal.

Após a morte da Larissa outras internas denunciaram  torturas sofridas no presídio feminino de Corumbá. Familiares de Larissa cobram indenização do Estado, pois cabe a ele a responsabilidade pela vida dos internos. Larissa tinha 28 anos e deixou duas filhas menores.

Já em Dois Irmãos do Buriti, será investigada a morte do detento José Antonio Camargo dos Santos, 23 anos, encontrado morto na Penitenciária do município no dia 20 de dezembro de 2017.

Além das comissões para apurar a morte dos detentos, a Agepen também instaurou investigações para apurar a conduta de servidores, sem revelar nomes. Todas as sindicâncias foram assinadas pelo diretor-presidente da Agência, Aud de Oliveira Chaves. Com algumas innformações do site Midiamax.

Por estar no semi-aberto Larissa trabalhava num posto de saúde em Ladário. Foto: Arquivo familiar cedido ao Capital do Pantanal