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Casal traficante é preso abastecendo 'nóia' enquanto filho passava fome na sujeira

22 FEV 2018 • POR correio do estado • 13h55
Drogas e dinheiro apreendidos no lar do casal: prioridade eram os tóxicos ao filho - Foto: Divulgação/Polícia Civil

Ele, 25 anos, tinha o apelido de 'Nego.' Ela,  37, a 'Branca.' A casa onde o casal morava, na Vila Marli, região norte da Capital, era uma das mais conhecidas bocas de fumo do bairro. E em meio às porções de pasta-base e maconha escondidas em potes de achocolatados, policiais civis da Delegacia Especializada na Repressão ao Narcotráfico (Denar) se assustaram com as condições em que vivia o filho de 2 anos dos detidos, com fome, em condições precárias e no meio da sujeira.

O caso aconteceu na noite da última terça-feira (19). Segundo o delegado titular Gustavo Ferrari, uma denúncia anônima levou as equipes até o badalado ponto de venda de drogas. 'Nego' estava na porta. Não deu nem tempo de fugir. Durante a abordagem, porções dos dois produtos ilícitos que eram a especialidade do casal foram localizados em seu bolso. A pista estava correta.

Na revista da casa, o susto. 'Branca' negava haver mais drogas no local. Mas em meio à situação precária a qual a criança vivia, suja e com fome, o pote de achocolatado onde deveria estar seu alimento na verdade guardava o estoque: 44 porções de maconha. Três de pasta-base.

A alegação era de que eram usuários, inclusive 'Nego' diz se sustentar como pedreiro. Mas o cenário encontrado pelos policiais não deixa dúvida do tipo de atividade que acontecia no local. Foram apreendidos uma balança, R$ 759 em dinheiro e, para acabar com qualquer tentativa de farsa, uma pouco simpática visita consumia suas drogas tranquilamente na casa, próxima da criança.

Na delegacia, o histórico do casal é grande. Ele já foi preso por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Ela chegou a ser presa acusada de assassinato, mas foi absolvida nos tribunais. "O sustento da família vem do tráfico de drogas", definiu o delegado.

O casal foi preso em flagrante por associação ao tráfico de drogas, na frente do filho pequeno. Que agora será encaminhado para viver sob os cuidados de outros familiares.