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Mais fácil fechar a cortina do que mudar a paisagem

17 JAN 2018 • POR José Carlos Cataldi • 16h06

Alguém muito poderoso conseguiu que o Facebook estabelecesse censura ao conteúdo em que ex-internas do Presídio Feminino de Corumbá denunciavam tortura, maus tratos e contestavam a versão de suicídio da presa Larissa Oliveira, provavelmente ao contrário do que uma investigação poderia concluir.

O Facebook não respeitou seu preceito ético de apenas impedir a publicação de pedofilia e pornografia.

Vejam que apesar das denúncias serem contra a imoralidade do tratamento dispensado às pessoas que se tornaram submissas a uma pena reparadora de conduta, ao invés de apurar o que estava sendo colocado a juízo público, alguém poderoso conseguiu mandar ‘fechar a cortina’, ao invés de ‘corrigir a paisagem’.

Em qualquer país do mundo, a exceção de Venezuela e outros de tendência bolivariana, o que foi denunciado pelo “Capital do Pantanal” mereceria apuração profunda. A princípio, afastando das funções os que foram nominados, a fim de que os acusados não pudessem exercer pressões às internas, que poderiam temer retaliações.

O que os sufocadores da verdade esqueceram é que um Jornal da seriedade do ‘Capital do Pantanal’ tem a capacidade de preservar as denúncias, guardadas em local blindado, para serem usadas a qualquer momento em favor da verdade.

Não adianta fechar a cortina. Queremos que a paisagem seja mudada a favor do que é correto e justo.