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Detentas de Corumbá disputam Torneio Estadual de Xadrez na capital neste final de semana

16 DEZ 2017 • POR Assessoria de imprensa Agepen • 18h26

Três internas do Estabelecimento Penal Feminino “Carlos Alberto Jonas Giordano”, em Corumbá, vão disputar o título do Torneio Estadual Feminino de Xadrez, que acontece neste final de semana em Campo Grande, na Academia de Xadrez e Robótica, localizada na Rua Paraíba, 836, Jardim dos Estados.

Realizado pela Federação Sul-mato-grossense de Xadrez (Fesmax), nestes sábado e domingo, 16 e 17 de dezembro, o campeonato será  no sistema Suíço, com até cinco rodadas, dependendo do número de participantes, já que o torneio é aberto.

As atletas fazem parte do projeto “Xadrez que Liberta”, realizado no presídio de Corumbá por meio de parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Poder Judiciário, Conselho da Comunidade e Clube de Xadrez Pantanal. As vagas no estadual foram conquistadas após competição realizada dentro da unidade prisional. Esta será a segunda vez que reeducandas de Corumbá participam da disputa.

De acordo com a diretora do presídio, Anelize Lázaro de Lima, as aulas do  projeto acontecem em forma de oficinas e contam com a participação de 12 internas, que têm direito à remição de um dia na pena a cada 12 de instrução, conforme critérios estabelecidos pelo juiz da Execução Penal da comarca, André Luiz Monteiro, idealizador da iniciativa, e pela Fesmax.

Para a dirigente, a atividade tem se mostrado muito efetiva, pois contribui para combater a ociosidade, deixando as detentas mais pacientes e disciplinadas. “No cárcere o nível de ansiedade é muito alto, seja por estarem aguardando a condenação, seja pela situação de aprisionamento em si, e o xadrez acalma e ainda ajuda no desenvolvimento mental, psicológico e intelectual”, afirma.

A reeducanda Ariane de Oliveira, de 27 anos,  é uma das três que participarão do torneio na capital. Competitiva, ela garante que está preparada para conquistar um lugar no pódio. “Se entramos em uma competição é para ganhar. Mas entendo que só de participar com a vaga conquistada, já faz a gente acreditar que é capaz”, destacou.

Ariane garante que o esporte tem auxiliado bastante na vida intramuros da prisão.  “Com o xadrez, sinto que é possível me tornar uma pessoa mais centrada e equilibrada”, afirma, reforçando que pretende continuar a praticar depois que conquistar a liberdade.