Incursão fotográfica na Serra do Amolar estuda nova modalidade de turismo para região

Dia 22 de setembro, partia do cais do porto de Corumbá, um grupo de 11 profissionais da imagem de várias regiões do país, que se aventuraram por uma semana pelo Pantanal da Serra do Amolar, em um workshop com ninguém menos que o premiado fotógrafo, conhecido mundialmente, Araquém Alcântara, o precursor da fotografia de natureza no Brasil. O evento foi promovido pelo Instituto Homem Pantaneiro, que gerencia RPPNs (Reservas Particulares do Patrimônio Natural) e busca com o projeto, formas sustentáveis de promover o turismo na região. 

“Essa parceria com o Araquém nos permite promover outro tipo de ecoturismo em um universo de fantástica natureza, que vai além de uma nova fonte de recursos para a área. Na viagem, nascerá mais um livro do fotógrafo, que elegeu a Serra do Amolar para seu novo trabalho”, afirma Rabelo. “Estamos formatando essa publicação, com lançamento em 2018, e será mais um produto de divulgação do nosso Pantanal”, diz Coronel Rabelo, presidente do IHP.

O Amolar é um lugar singular no ecossistema reconhecido como reserva da biosfera pela Unesco, com influências amazônica e do chaco boliviano. Com baixa ocupação humana, foi habitado por tribos indígenas extintas no período colonial e populações ameríndias, as quais deixaram registros rupestres em seus morros há oito milhões de anos. A serra hoje é integrada por uma rede de proteção e conservação de 300 mil hectares, formada por RPPNs e fazendas.

Os fotógrafos aprenderam como observar e captar a melhor imagem com tranquilidade, virtude mais que necessária para viver por inteiro essa experiência. Visitaram a região do Paraguai Mirim, o Corixo da Penha e presenciaram o lindo por do sol da região. Observaram a caçada da águia pescadora na baia da Gaíva e também fizeram uma trilha de aproximadamente 3 quilômetros na Reserva Acurizal, onde viram pela primeira vez o macaco Zog Zog. 

Foram diversos momentos inesquecíveis, porém nenhum vencerá a visão de uma onça pintada, animal símbolo do pantanal, nadando pelas águas do Corixo. Segundo relato do participante, Diego Cardoso de Bonito, todos já estavam ansiosos para ver a onça, que só apareceu no quarto dia da viagem. 

Ao final do Workshop, os participantes elegeram suas cinco melhores imagens para montar uma rápida apresentação, momento em que perceberam o alto nível das imagens clicadas. Parece nascer uma nova e promissora modalidade de turismo para Corumbá. Com informações do site Lugares.