Geral

Versão não confirmada pela polícia aponta que multa de trânsito teria motivado homicídio de guarda municipal

21 SET 2017 • POR Gesiane Medeiros • 13h17

A hipótese mais recente é de que o Guarda Municipal, Carlos Henrique de 37 anos, assassinado na madrugada desta quinta (21), em bar do bairro Popular Velha, tenha sido morto por conta de uma vingança. Até o momento a informação não passa de mera suposição, já que não foi confirmada pela Polícia Civil, responsável pela investigação do homicídio. A suposição é de que o servidor teria multado o assassino, André Sigarini (37), há pelo menos dois anos atrás, quando integrava a equipe de trânsito do órgão, e que isso teria motivado o crime. O delegado responsável pelo caso, Rodrigo Blonkowski, não confirmou a possibilidade porque o fato não foi mencionado pelo autor em seu depoimento.

André Sigarini declarou a polícia que estava embriagado no momento em que realizou os disparos contra o Guarda, e que os dois haviam se desentendido por um motivo banal. Eles teriam se esbarrado no banheiro do bar no bairro Popular Nova e segundo André, Carlos Henrique teria o ameaçado com uma faca.

O caso segue sobre a investigação da Polícia Civil e o corpo da vítima ainda está no Instituto Médico Legal de Corumbná, de onde deve ser levado para a casa da mãe da vítima, no bairro Cristo Redentor, por volta das 18 horas para ser velado.

O autor, andré Sigarini foi preso horas após o crime. Foto: Divulgação/Polícia Civil

O Crime

O Guarda Municipal de Corumbá, Carlos Henrique de 37 anos, foi morto por dois tiros, um nas costas e outro no peito, durante  a madrugada desta quinta-feira (21), por volta das 4h30, em bar localizado na rua Sete de Setembro, no bairro Popular Velha. O local é cenário frequente de ocorrências policiais.

Carlos Henrique foi alvejado por dois disparos. Foto: Reprodução Facebook 

Segundo informações, o autor dos disparos já está preso na Delegacia da Polícia Civil e o corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal de Corumbá.

Em entrevista ao Capital do Pantanal, o chefe do Núcelo Operacional da Guarda Municipal, Nestur Ogeda, afirmou que chegaram a conversar com o autor, preso no local pela Polícia Militar, o homem confessou a autoria do crime e disse ter feito três disparos, acertando dois em Carlos Henrique, que tinha 12 anos de Guarda Municipal e segundo Nestur era um execelente profissional, “não tenho nada de negativo para falar dele, sempre pronto ao trabalho. Hoje, vamos seguir com nossas atividades, precisamos contribuir com a segurança nas festividades em comemoração ao aniversário de Corumbá, vamos participar do desfile em homenagem ao nosso colega”.

Até o momento não se tem nenhuma informação sobre o motivo da briga e dos disparos que levou ao óbito de Carlos Henrique. Aparentemente, a vítima e o autor não se conheciam e o motivo da discussão teria sido banal.

A prisão do assassino

O autor dos disparos que assassinou o Guarda Municipal Carlos Henrique de 37 anos, na madrugada desta quinta-feira (21), foi preso pela Polícia Militar (PM) em casa, no bairro Cristo Redentor, horas após a ocorrência do crime. O Assassino, identificado pelas iniciais A.L.L.S. de 37 anos utilizou uma arma calibre 38 com capacidade para seis munições.

Segundo informações da PM, a equipe chegou ao autor através de duas informações: primeiro da família no Pronto Socorro afirmando que o até então suposto assassino teria fugido do bar na rua Sete de Setembro, em um carro Fiat Uno de cor branca; a segunda indicou o possível endereço do autor, enquanto equipe realizava diligência de busca.

Na casa do possível autor, localizada no bairro Cristo Redentor, A.L.L.S. recebeu a polícia no portão e respondeu as perguntas sem tentar fuga. Ele foi revistado, mas nada de ilícito foi encontrado. Durante a entrevista ele terminou confessando o crime, mas disse que teria abandonado a arma utilizada no caminho de volta para casa, após cometer o assassinato. Equipe retornou ao bar e realizou buscas, mas não encontrou nada, quando perguntado novamente, o autor confirmou que teria mentido e que a arma estava escondida em casa.

Com autorização da família, a equipe policial realizou buscas no interior do imóvel e localizou o revólver calibre 38, especial, com capacidade para seis munições, carregada com três intactas. A.L.L.S. foi encaminhado para Delegacia de Polícia Civil, juntamente com a arma do crime e o carro utilizado para sua fuga. O caso segue sobre a investigação da Polícia Civil.