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Ação policial estoura “Boca da Keity” e prende distribuidor de drogas do Dom Bosco

22 AGO 2017 • POR Gesiane Medeiros • 09h40

Ponto de venda de drogas antes conhecido como “Boca do Banana”, no bairro Aeroporto, fechado em ação do SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil, a menos de um mês, retornou funcionamento e foi novamente estourado pelo mesmo setor investigativo nesta segunda-feira (21). Desta vez, quem comandava a boca era a irmã do traficante "Banana", Keity Xavier Castedo, de 27 anos, que sem perceber, entregou seu distribuidor de drogas a Polícia, durante perseguição. Luiz Otávio Campos, de 32 anos, conhecido como “Pirata”, dono de bar no bairro Dom Bosco foi preso no memso dia.

Da esquerda para direita, "Pirata", Keity e Lilian, esposa do distribuidor de drogas. Foto: Divulgação/Polícia Civil

O monitoramento da “Boca da Keity”  iniciou no dia 25 de julho. A mulher foi vista saindo de casa em motocicleta, fazendo gestos para usuários que estavam em seu portão, avisando que retornaria. Ela foi direto para o bar do distribuidor de drogas, conhecido como “Pirata”, que tem um bar no bairro Dom Bosco. Lá ela recebeu os entorpecentes, que foram escondidos em suas partes íntimas e em seguida retornou para casa onde os venderia.

Quando os policiais entraram na casa de Keity, ela correu para cozinha tentando se desfazer da droga, que ficava sempre próximo a pia, para facilitar o descarte. O método consistia em embalar a cocaína conforme a demanda. Ela não foi rápida o suficiente e foi pega em flagrante. 

Em revista na residência da traficante foram encontrados R$ 71 em dinheiro miúdo e US$ 2; uma paradinha de basta base de cocaína e um aparelho celular, onde havia mensagem de keity solicitando droga a “Pirata”. A mensagem confirmava o motivo da ida da traficante até a casa do distribuidor.

Droga, dinheiro e materiais apreendidos durante a ação. Foto: Divulgação/Polícia Civil

Luiz Otávio, o “Pirata”, recebeu a visita dos policiais em seu bar, localizado na rua Cuiabá, no bairro Dom Bosco. Ele tentou fugir, mas foi capturado nos fundos do estabelecimento. No local, estava sua esposa, Lilian Pereira Parraga, de 33 anos, que tentou dificultar o trabalho da Polícia, dizendo que não sabia de nada, que estavam separados e que ela havia reatado a relação há uma semana. Tempos depois, disse que o distribuidor não guardava drogas ali, mas sim na casa de sua mãe, que fica próximo.

Foi encontrado, amarrado em um dos galhos da árvore no quintal da casa, um tablete de pasta base de cocaína pesando 732 gramas. Havia também R$ 746 em dinheiro trocado, uma balança de precisão, peneira, objetos de origem duvidosa e US$ 2.

“Pirata” tinha em seu bar, câmeras de monitoramento na área externa, ele acompanhava o movimento da rua através de um canal sintonizado em um monitor dento de seu quarto.

Em seu depoimento, “Pirata” afirmou que Keity tinha o domínio da venda de drogas em todo o bairro da Cervejaria, local comandado pela família dela, que tem longo histórico de envolvimento no tráfico. Keity é irmã de Wllington Castedo Xavier, o “Banana”, preso pela Polícia Civil a menos de um mês.