Julho fecha com 60 incêndios em vegetação na área urbana de Corumbá e Ladário

A irresponsabilidade de moradores que parecem não levar em consideração do risco de atear fogo em vegetação e lixo orgânico em áreas da zona urbana das cidades, está mesmo movimentando o plantão do 3° Grupamento do Corpo de Bombeiros de Corumbá, que também atende a cidade vizinha, Ladário. O relatório da corporação referente aos atendimentos na área urbana das duas cidades apresenta que 60 incêndios foram combatidos pela equipe durante os 31 dias do mês de julho.

As recomendações e orientações dos Bombeiros para a proibição de provocar incêndios, principalmente nesta época do ano, parece não ser lavada em consideração. Na última quarta-feira, 2 de agosto, um homem de 30 anos foi preso em flagrante no bairro Universitário, iniciando fogo em terreno baldio onde queimaria vegetação rasteira e resto de podas. Na ocasião, o autor chegou a dizer que não poderia ser preso por aquele ato, que isso seria abuso de autoridade. Ele foi encaminhado para delegacia competente, onde responderá por crime ambiental.

O período de longa estiagem deixa o clima seco e propício a propagação das chamas, por isso um pequeno e “inocente” fogo em poucas folhas varridas no quintal, pode se tornar um pesadelo descontrolado. O relatório emitido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no dia 31 de julho, registrava Corumbá na quarta posição de municípios brasileiros com mais focos de incêndios acumulados durante o mês, foram 542 ao todo.

No mês de agosto, que só está em seu quarto dia hoje, foram registrados 15 incêndios. Cinco casos na última terça-feira (1°), seis na última quarta-feira (2) e quatro ontem, quinta-feira (3), todos provocados pela ação humana. Se continuar neste ritmo, o número atingido em julho, que já era vergonhoso, será facilmente ultrapassado. Dos quatro casos atendidos ontem, um ocorreu bem próximo ao portal de entrada de Corumbá, na Avenida Gaturama, foram 400 m² de área queimada.

Os Bombeiros já organizaram uma Guarnição de Combate a Incêndio Florestal (GCIF), que coloca os militares de folga em alerta para qualquer necessidade de chamado urgente, que os de plantão não consigam dar conta sozinhos, mas a populaão deve entender a gravidade e obedecer a lei.