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Estacionado há quase 10 dias, rio Paraguai deve iniciar período de vazante

5 JUL 2017 • POR Assessoria PML • 10h48

Responsável por banhar a planície pantaneira e fomentar o turismo na cidade de Ladário, o rio Paraguai está estacionado desde o dia 25 de junho. A régua, do Serviço de Sinalização Náutica do Oeste, que mede a altura do rio na região, fica na Flotilha de Mato Grosso, dentro do 6º Distrito Naval, mantendo registros históricos desde o ano de 1900.
 

O nível do rio está em 4,78 m há quase 10 dias. Foto: Assessoria PML

 

Nos últimos dez dias, houve apenas uma alteração no nível do rio, foi no dia 30 de junho quando ele subiu a 4,80 m, retornando logo depois aos 4,78 m. O nível do rio está intimamente ligado à movimentação econômica do município, já que dele dependem vários setores, como a navegação, o turismo e a pecuária.

Em época de rio cheio, os produtores ribeirinhos são obrigados a retirar os animais das pastagens que ficam em frente ao Porto de Ladário. Muitos desses animais ficam perambulando pelas ruas e é comum ver bois, vacas e cavalos pastando na zona urbana.

A cheia facilita a navegação no rio Paraguai que faz parte da Hidrovia Paraguai/Paraná. Com isso, os comboios são aumentados levando maior quantidade de minério de ferro e de manganês para os portos da Argentina e do Uruguai. Matéria prima para a fabricação do aço, retirada em Ladário que segue para exportação.  

Mas, a cheia proporciona outro benefício, a renovação da vida na planície pantaneira. Quando a água invade os campos, os peixes passam para um território farto, onde vão se alimentar e acumular energia para subir até as cabeceiras dos rios no período da Piracema (reprodução do peixes), a partir de novembro.

Entre outubro e dezembro, em plena vazante, muitas lagoas se formam no Pantanal. Nelas ficam os peixes que não conseguiram sair para os rios e servem de alimentação para as aves que formam seus ninhais, proporcionando um dos mais belos espetáculos da terra. É o período de reprodução das aves.

O turismo é um dos braços fortes da economia ladarense e é o responsável por atrair milhares de pessoas para o município todos os anos. A pesca amadora é o principal alvo dos visitantes que vêm de vários lugares do Brasil para ter a emoção de fisgar um jau ou um pintado, peixes que fazem parte da família dos grandes bagres da planície, ou mesmo para ter um encontro premiado com o dourado, considerado o rei do rio.