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Deputados cobram o retorno das farmácias populares a Mato Grosso do Sul

21 ABR 2017 • POR Correio do Estado • 10h56
Deputado Siufu declarou que o fim das farmácias populares ajudou a lotar os postos. - Victo Chileno/ALMS

Em nota oficial o Ministério da Saúde informou que o programa das farmácias populares está sendo redefinido ainda, mas reitera que o objetivo das farmácias populares é dar assistência farmacêutica e não substituir as ações e programas de responsabilidades dos gestores de saúde pública nas três esferas de governo. O ministro da saúde Ricardo Barros declarou que, além das unidade básicas ou postos de saúde, a população poderá procurar farmácia ou drogaria credenciada ao Aqui Tem Farmácia Popular.

Na semana passada os deputados estaduais João Grandão (PT) e Dr Paulo Siufi (PMDB) apresentaram requerimento durante sessão plenária cobrando explicações do ministro Barros. Segundo informações do site da Assembleia Legislativa, o petista declarou que 30 farmácias foram fechadas em Mato Grosso do Sul, sendo a metade em Campo Grande, quatro em Dourados e as demais em cidades como Aquidauana, Bonito, Aparecida do Taboado, Nova Andradina, Ivinhema, Paranaíba e Ponta Porã. “Trata-se de um programa sem conotação política e que permitia que as pessoas tivessem acesso a um desconto de até 90% na aquisição de medicamentos, por isso é inadmissível que seja cancelado”, afirmou Grandão.

Além de Grandão, outro petista que reclamou do fechamento das farmácias foi o deputado Amarildo Cruz. “O ministro não vai declarar a real motivação para a interrupção do programa”, disse ele. 

O deputado estadual Paulo Siufi, que é presidente da Comissão de Saúde da Casa de Leis, lembrou que o programa evitou o agravamento do quadro clínico de muitos pacientes e com o fim do programa, as unidades de saúde ficaram mais lotadas. “Não podemos tampar o sol com a peneira e bem sabemos que muitas pessoas deixaram de ir aos leitos de UTI porque puderam se cuidar antes e tomar devidamente seus medicamentos”, disse o médico.

Siufi também declarou que os remédios adquiridos nas farmácias populares eram justamente os que mais faltavam nas unidades de saúde.

ENTENDA

No começo deste mês o governo federal decidiu fechar as farmácias do programa popular que são mantidas com recursos federais. Porém agora os pacientes vão ter que recorrer às farmácias conveniadas ao programa. 

Mas a reclamação dos deputados é que nem todos os medicamentos estão disponíveis nas conveniadas como acontecia com as populares. Apenas 25 medicamentos são oferecidos nos estabelecimentos que aderiram ao convênio. Já nas farmácias que foram fechadas eram oferecidos 125 remédios. 

Segundo informações do G1, o governo justificou o fechamento das farmácias para economizar dinheiro. O governo disse também que a maioria dos medicamentos solicitados pelos pacientes são encontrados nas conveniadas. 

Segundo a Assembleia Legislativa, as informações oficiais ainda serão divulgadas.