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Vazamento de amônia é perigo mínimo nos frigoríficos, alerta sindicalista

7 ABR 2017 • POR Wilson Aquino • 10h16
Rinaldo teme caldeiras, digestoras e outros equipamentos que podem explodir e matar operários, por falta de manutenção em tempo e adequada - Wilson Aquino

O vazamento de amônia no frigorífico JBS, que atingiu dezenas de pessoas esta semana em Campo Grande esta semana, foi apenas um dos inúmeros acidentes que podem ocorrer nessas indústrias em Mato Grosso do Sul devido à falta de manutenção adequada e em tempo. A denúncia é de Rinaldo Salomão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de Campo Grande e Região – Stiaacg.

Existem muitos equipamentos que trabalham no limite nos frigoríficos do Estado e que podem, a qualquer momento, provocar acidentes muito mais graves que esse vazamento de amônia, como as caldeiras, digestoras e reservatórios de produtos químicos, entre outros. “Muitos desses equipamentos não recebem a devida manutenção e passam longos períodos operando em situação de risco e podem, a qualquer momento, provocar acidentes fatais envolvendo dezenas de trabalhadores”, alerta Rinaldo Salomão.

Ele explicou que essa luta do sindicato para que os frigoríficos promovam os devidos reparos nas máquinas, tem sido uma constante. “O problema é que nem sempre a entidade é ouvida”, lamenta. Os trabalhadores, dentro de seus ambientes de trabalho também brigam pela manutenção dos equipamentos para evitar acidentes e a morosidade de algumas empresas para mantê-los funcionando adequadamente é muito grande.

REUNIÃO COM A FIEMS – Não é à toa que na segunda-feira(10) a Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul – FIEMS vai fazer uma reunião para tratar da segurança dos nas indústrias do Estado, informa Rinaldo Salomão, um dos convidados para essa reunião. “Com certeza a federação quer aumentar a conscientização de se manter tudo em conformidade para que novos acidentes não sejam registrados no dia a dia das indústrias de Mato Grosso do Sul”, explica.

“A manutenção diária das máquinas e equipamentos, que podem explodir e matar pessoas, deveria ser uma prioridade número um das indústrias. Entretanto isso não acontece, pois muitas indústrias acabam tomando algumas medidas preventivas depois de muita pressão do sindicato e/ou dos próprios funcionários”, afirma o sindicalista.