Ação contra vereadores da Capital pode durar 10 anos
30 MAR 2017 • POR Sylma Lima • 07h15A denominada Operação Coffee Break do Ministério Público Estadual que apurou a suposta compra de votos para cassar o ex-prefeito da Capital Alcides Bernal pode durar 10 anos. Este é um prazo para findar um processo com 24 réus e devido à complexidade dos fatos apurados, segundo especialistas ouvidos pela reportagem.
A investigação criminal do Gaeco tramitava por autorização do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul por conta do foro privilegiado do prefeito Gilmar Olarte, que era vice na época, e assumiu o cargo quando da cassação de Bernal.
Ocorre que Olarte renunciou ao cargo e o processo foi para a 1º instância onde ficou parado por seis meses. O denunciado Paulo Siufi que era vereador, assumiu a cadeira de deputado estadual e assim o processo retornou para o Tribunal de Justiça, e agora foi redistribuído para o desembargador Júlio Roberto Siqueira.
Caso algum réu no processo criminal seja eleito deputado federal ou senador no ano que vem tudo poderá mudar novamente devido ao foro privilegiado, o qual é alvo de debates no Congresso Nacional por entender que causa demora nos julgamentos dos processos e sensação de impunidade.
O Ministério Público denunciou 24 autores por crimes de Corrupção e Associação Criminosa por envolvimento direto ou indiretamente na cassação ilegal de Bernal. Bernal acabou não sendo reeleito e nem foi para o segundo turno nas eleições de 2016. No entanto, vários vereadores denunciados por crimes foram reeleitos e alegam que agiram dentro da lei quando da cassação e negam os crimes imputados.
Além de vereadores, constam na denúncia criminal nomes de empresários e conhecidos do meio político.