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Trabalhadores de Corumbá vão às ruas protestar contra a Reforma da Previdência

15 MAR 2017 • POR Gesiane Medeiros • 10h50
Manifestantes usaram preto, em luto pelos direitos trabalhistas. Foto: Divulgação

A Reforma da Previdência (PEC n° 287/2016), encabeçada pelo governo federal, em discussão no Congresso nacional está causando revolta entre cidadãos e diversas categorias de profissionais do país, uma delas a educação. Nesta quarta-feira, 15 de março, acontece uma paralisação nacional em defesa dos direitos trabalhistas brasileiro. A Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS) mobilizou um chamado a toda classe trabalhadora do estado para ir as ruas da capital e de diversas cidades do interior, como o caso de Corumbá,  para gritar não a Reforma Previdenciária.

Escolas estaduais e municipais de Corumbá e de todo o resto do estado, entram em greve a partir de hoje por tempo indeterminado, conforme foi divulgado na coletiva de imprensa realizada esta semana na sede da Federação, “a paralisação das atividades das escolas públicas de MS por tempo indeterminado é para somar na luta contra os retrocessos da Reforma da Previdência, principalmente porque os trabalhadores e mais ainda as trabalhadoras em educação serão grandes atingidas, principalmente com o fim da aposentadoria especial do magistério e o ato de igualar o tempo de serviço de homedns e mulheres”, disse o presidente da FETEMS, Roberto Magno Botareli Cesar.

Manifestantes lotaram ruas da capital. Foto: FETEMS

Ruas de Campo Grande e Corumbá, em frente ao Poliesportivo da Rua Porto Carreiro, ficaram tomadas por uma multidão de manifestantes que gritavam para derrubar a já detestada reforma. Entre as principais mudanças impostas pela PEC estão o tempo de contribuição do trabalhador que passa a ser 49 anos e a idade mínima de aposentadoria que seria de 65 anos, tanto para homens quanto para mulheres. Se aprovada, o contribuinte deverá contribuir por 25 anos e não mais 15 para ter direito a aposentadoria. Os professores, que possuem um plano especial de aposentadoria, só terão direito ao benefício a partir de 55 anos e com no mínimo 20 anos de contribuição.

A aposentadoria por invalidez só será concedida em caso de acidente de trabalho. Pensões por morte darão direito ao cônjuge receber apenas 50% do salário de benefício, e menores de 21 anos receberão 10%. O trabalhador rural também será atingido, ele perderá a garantia de segurado especial e só terá direito se contribuir com a Previdência pagando alíquota de 5% (estimativa). Os servidores públicos terão o tempo de contribuição aumentado para 25 anos e a alíquota da categoria passa de 11% para 14%.