Geral

Investimento em segurança durante o Carnaval poupou gastos públicos na saúde e no judiciário

10 MAR 2017 • POR PMC • 08h21

Prioridade no Carnaval em Corumbá, o policiamento ganhou reforços e a parceria devolveu à sociedade um fato inédito: foi uma festa segura. “Essa integração entre as Forças de Segurança foi fundamental. Atuando em conjunto, policiais e guardas municipais potencializaram seu poder de repressão ao crime e a sociedade percebeu a mudança”, apresentou o prefeito Ruiter Cunha de Oliveira. 

Cavalaria se manteve presente durante os dias de festa. Foto: Divulgação/PM

Com um aumento de apenas 14% no total de pessoas que trabalharam na segurança do Carnaval, em relação ao mesmo período no ano anterior, é possível observar um aumento exponencial nos resultados. Somente no número de pessoas abordadas por policiais, houve um salto de 198%. “Passamos de 264 policiais militares, guardas municipais e segurança privada em 2016 para 306 em 2017”, afirmou o coordenador da Agência Municipal de Segurança Pública, Jorge José Pinto de Castro.

De acordo com o balanço da Operação Carnaval, o planejamento de segurança começou a ser executado um mês antes. Foram abordados carros e motocicletas, houve a presença inédita da cavalaria e foram cumpridos mandados de prisão antes do evento. “Para gente o Carnaval começou em janeiro, com treinamento da Guarda Municipal, com a vinda antecipada de policiais de inteligência e tática”, informou Castro.

Para o comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar de Corumbá, tenente-coronel César Freitas Duarte, este é o carnaval mais seguro dos últimos anos. Em 2016, em todos os dias de festa, cerca de 60 pessoas eram presas. Em 2017, até segunda-feira, 27 de fevereiro, o número de detenções havia caído pela metade. “Houveram menos brigas e não houve nenhum crime grave”, confirmou.

Somente nos dias de Carnaval, foram apreendidas 35 armas brancas, entre eles facas e canivetes, 83% a mais do que em 2016. Tais apreensões refletiram na Saúde: “Nao tivemos homicídios, nem atendimentos graves de politrauma, por agressão física com arma branca ou de fogo, por exemplo", cita o secretário de Saúde de Corumbá, Rogério Leite.

Mesmo com o aumento esperado da população flutuante, as unidades de saúde tiveram um atendimento dentro da normalidade."Nos preparamos para atender esse aumento sazonal, mas o que nos surpreendeu foi que a demanda permaneceu normal, dentro aquilo que estamos acostumados no cotidiano", pontuou o secretário.

Seguro, o Carnaval 2017 foi um piloto para os eventos nos anos seguintes. "Vamos equipar a Guarda Municipal, reforçar o monitoramento por vídeo e estabelecer mais parcerias com a Polícia", concluiu Castro. E, como não há setores isolados, os benefícios com a segurança também refletiram na economia de recursos públicos. “Ao evitar roubos e furtos o serviço técnico do judiciário foi poupado”, explicou o comandante Duarte. Opinião compartilhada pelo secretário de Saúde: "para se ter uma ideia, não tivemos gastos com CTI durante os dias de festa".

O forte esquema foi montado conjuntamente entre a Prefeitura, por meio da Agência Municipal de Segurança, a Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Estadual, DOF (Departamento de Operações de Fronteira), Polícia Ambiental, além da segurança privada. A cidade recebeu reforço policial de Campo Grande (policiamento montado), Jardim e Aquidauana.