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Ladário planeja reforma administrativa para enxugar a máquina e conquistar eficiência

6 MAR 2017 • POR Gesiane Medeiros • 11h03
Prefeito, Carlos Ruso, ao lado dos membros da Comissão de Planejamento da Reforma Administrativa do município. Foto: Gesiane Medeiros 

Dois comissionados e dois efetivos de longa data de Ladário receberam a missão de planejar a a reestruturação administrativa do município, Hélder Botelho, chefe de gabinete é o presidente da comissão, os demais membros, Andressa Paraquett secretária de Assistência Social, Norma Lucy de Mello superintendente da Secretaria de Finanças e Planejamento e o professor Raimundo Pinheiro dos Santos Neto. A equipe tem seis meses para finalizar o plano que precisa também passar pelo crivo do legislativo.

Em coletiva no gabinete do prefeito, na manhã desta segunda (6), o presidente da comissão, Hélder Botelho deixou claro que os objetivos principais são dois: “reduzir os custos em seu quadro funcional e economizar sem perder a eficiência”. O prefeito Carlos Ruso, presente na coletiva, apontou a necessidade de organizar a casa para que os resultados esperados pelo povo possam ocorrer.

Hélder Botelho, defende que o trabalho seja feito com cautela. Foto: Gesiane Medeiros

A primeira etapa é elaborar o raio-x da prefeitura, que atualmente tem um grande número de contratados e pouco valoriza o efetivo. “Todos os secretários irão relacionar seus funcionários e as funções que eles desempenham, em uma análise minuciosa pode ocorrer de encontrarmos duas pessoas que desempenham a mesma função, quando apenas uma poderia ser o suficiente”, explica Botelho.

A medida não é popular, mas Ruso quis colocá-la em prática já nos primeiros meses de sua administração, já que Ladário não dispõe de se quer um organograma, nem mesmo consegue distinguir quais as secretarias de suporte, as de meio e as de fim na administração, como explica o presidente da comissão. O resultado dessa reforma é visto como um legado para a cidade.

Com a reestruturação ocorrerão demissões, porém, a valorização do servidor não será deixada de lado, novos concursados já estão sendo convocados. Somente a folha do efetivo da prefeitura soma um custo superior a R$ 1 milhão, quando a arrecadação não atinge nem R$ 4 milhões.

Como alternativa para aumentar a arrecadação do município que também sofre com a queda do ICMS e com a não exportação do minério de ferro, está sendo trazido o Licenciamento Ambiental, que tem a possibilidade de ser realizado de forma autônoma e está sendo investido em empreendedorismo. “Estamos no começo, mas sabemos que não há como gerar desenvolvimento com uma administração que drena todo o dinheiro que entra”, diz Andressa.   

Ruso que organizar a casa para aumentar a autonomia do município. Foto: Gesiane Medeiros 

A todo o momento a equipe levantou a bandeira da cautela, não apontaram nenhuma previsão de corte nem mesmo junção de secretarias ou fundações. Deixaram claro que o objetivo é enxugar a máquina tornando-a ainda mais eficiente, sem correr o risco diminuir setores e torna-los inchados. A Semad e Segov são conselheiros da equipe nessa empreitada.