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Em Corumbá governador fala que carnaval é investimento

28 FEV 2017 • POR Sylma Lima • 11h41
Governados assistiu o desfile das escolas de samba. - Thethis Ibanez
Governador retorna a Corumbá ainda este mês para anunciar investimentos no hospital. Foto: Thethis Ibanez

O governador do Estado de Mato Grosso Sul Reinaldo Azambuja (PSDB) visitou Corumbá na noite desta terça-feira,27, e assistiu os desfiles das escolas de samba do grupo especial. Em entrevista à imprensa ele falou que a verba destinada ao evento, não é um gasto, mas um investimento, pois o carnaval atrai turistas, gera recursos fomentando a economia formal e informal como os ambulantes que faturam durante os cinco dias de folia, “ e o carnaval em Corumbá é uma questão cultural e tradicional” . Ele adiantou que vem para a cidade este mês ainda e anuncia novos investimentos para a saúde pública e que dia 10 vai até o escritório central da Petrobras negociar a compra através de Mato Grosso do Sul para que o estado e municípios possam continuar recebendo ICMS, que foi de vital importância para a economia do estado, “ vamos tentar reverter pois a situação é difícil e o estado precisa desse recurso” .

Corumbá pode aguardar por novos investimentos na cultura?

R.A-Em conversa com Ruiter, comentei que Corumbá tem uma vibração diferente das outras cidades, isso está no sangue dos corumbaenses, realmente temos que repensar nos festivais, como o América do Sul e ouvir mais a comunidade local para inovar, criar coisas novas. Ruiter sabe que o governo está aberto para novas parcerias. Ver a cidade lotada, com hotéis e bares cheios e a população alegre, nos dá a certeza de que é importante manter nossa parceria.

Previsão de mais investimento em segurança na região

R.A-Estamos fazendo um dos maiores investimentos em segurança, o MS Mais Seguro, primeiro com o chamamento de novos policiais e depois em novos equipamentos e inteligência. Acho que esse é o caminho, estamos na quarta etapa do programa. Nossos policiais trabalhavam com equipamentos obsoletos e hoje tem viaturas novas, armas modernas, coletes novos entre outros. Sabemos que essa preocupação não deve ser só no carnaval, estamos trabalhando para melhorar cada vez mais a estrutura da polícia.

O Ministério da Justiça faz o mapa da violência no país, e MS ficou em terceiro lugar no Brasil. Claro que isso não é para nos deixar numa posição de conforto, mas nos orgulha saber que nosso trabalho está dando resultado.

O Hospital de Corumbá atende duas cidades mais a fronteira, a verba estadual destinada a saúde parece ser pequena para a necessidade o senhor pretender aumenta o repasse?

R.A-Tenho um retorno agendado para Corumbá em março para dar início ao contrato do Flomplata e temos outros compromissos, como um convênio de R$ 4 milhões para reestruturar o prédio da Santa Casa. Sabemos que não é necessário só prédio, vamos investir em estrutura e bom atendimento. A região será um polo de atendimento, inclusive com uma UTI Neonatal em funcionamento.

Para o senhor, carnaval é investimento ou gasto?

R.A-Sem dúvida alguma, investimento. Acredito no poder da cultura regional como agente motivador do turismo. É ótimo quando investimos e vemos o resultado. Há países que vivem do turismo, temos que aproveitar melhor nossas riquezas locais. Estamos montando uma rota que liga Bonito a Corumbá, e ela terá vias estruturadas para receber o turista.

Reunião com Pedro Parente e a Petrobras para buscar uma solução para o impasse do gas?

R.A-O Gás é uma questão crucial para Mato Grosso do Sul, e a Petrobras fez uma “sacanagem” com nosso estado. Já fui ao presidente Michel Temer, fui à Casa Civil, e agora, dia 10, vou até o Pedro Parente, em São Paulo. Não tenho dúvida de que eles têm que retornar esse esforço. Se eles estão pagando R$ 24 milhões de metro cubico, que importe! Não pagar uma conta ao governo boliviano e não bombear o gás, traz um prejuízo enorme, não só para o estado como para os municípios, que são sócios do ICMS. Acredito no bom senso da Petrobras para dar um passo além. Estamos desenhando para que a partir de 2019, a própria MS Gás possa comprar o gás, é inconcebível o gás em Corumbá ser o mesmo valor do que é em Porto Alegre se estamos tão mais perto do gasoduto.