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Escolas do Acesso levantam público da Avenida com desfiles alegres e criativos

27 FEV 2017 • POR Gesiane Medeiros • 09h58

A primeira noite de desfiles do carnaval de Corumbá foi contagiante, a Avenida Marechal Rondon estava lotada e as cinco escolas do Grupo de Acesso levantaram o público que aplaudia e cantava junto com cada agremiação que adentrava na passarela do samba.

No geral, este ano, as escolas desenvolveram bem os temas escolhidos e produziram fantasias criativas, coloridas e com grande apelo visual. A verba limitada das escolas do grupo de acesso não foi impedimento para que os integrantes, passistas e destaques brilhassem com aplausos contagiantes dos que assistiam aos desfiles. Confira como cada uma das escolas se saíram:

Major Gama homenageou o centenário do samba. Foto: Marcos Boaventura

Unidos da Major Gama

A festa iniciou pela Unidos da Major Gama, que homenageou o centenário do ritmo brasileiro mais popular, o Samba. “O samba comemora 100 anos de emoção minha raiz minha paixão no rufar do tamborim e no batuque do meu coração”. O desfile foi descontraído com gingado do malandro sambista e não esqueceu de relembrar nomes importantes para a criação e expansão do gênero musical.

A comissão de frente contou com 10 bailarinos e apresentou uma linda coreografia de samba de gafieira. As alas exploraram o tema contextualizando a introdução e criação do estilo no brasil através dos negros. A baianas homenagearam ‘Tia Ciata’, ícone do samba no país. Personalidades como Cartola Noel Rosa e Carmem Miranda tiveram tratamento especial, assim como o mestre Geraldo Pereira. A bateria composta por 80 ritmistas aqueceu o inicio da noite e preparou a plateia para as demais escolas.

Caprichosos clareou Avenida com homenagem ao astro rei, sol. Foto: Marcos Boaventura

Caprichosos de Corumbá

Com o enredo “Do paço Real à corte do carnaval. Que rei sou eu ?”, a Caprichosos clareou a Avenida com cores fortes e radiantes do astro rei, o sol. A comissão de frente mostrou o brilho incandescente da manhã de um novo dia, composta por 12 integrantes. Ao todo, 400 componentes distribuídos em 14 alas empolgaram a plateia e levaram para a passarela do samba alguns estereótipos de reis, além de um ser superior criado no imaginário popular: Rei Midas; Rei Arthur; Rei das Cartas do Baralho; Rei e Rainha da Beleza; Rei do Xadrez; Rei Netuno; Rei Leão; Rei do Gado; Rei do Baião; Maria Bonita; Zumbi dos Palmares; Rei do Futebol; Rei do Brasil e por fim, o Rei da Música. Foram quatro carros alegóricos e 60 integrantes no coração da escola comandados pelo mestre Xixo.  

Carro abre-alas da Acadêmicos do Pantanal convida público para uma boa gelada. Foto: Marcos Boaventura

Acadêmicos do Pantanal

A escola do bairro Aeroporto levou para Avenida um tema popular e adorado pelo brasileiro, local de rodas de conversa, diversão e malandragem com o enredo, “Bar Brasil - um mundo à parte e único”.

Com 700 componentes e 11 alas, a Acadêmicos do Pantanal trouxe na comissão de frente 8 garçons, peças chave para um bom bar. O carro abre-alas oferecia uma boa gelada e as alas evidenciavam as bebidas populares pelo mundo: conhaque, champagne, refrigerante, licores, tequila, cachaça, rum, uísque, caipirinha, vinho e vodka. As baianas homenageavam os coquetéis de frutas. As fantasias do mestre sala e porta bandeira tinham detalhes que saltavam aos olhos do público, e a bateria, composta por 60 ritmistas, vieram de branco, vermelho e dourado, comandados pelo mestre José do Vitória Régia. O desfile foi encerrado relembrando um dos costumes mais populares entre os frequentadores de bar, os jogos de futebol.

Baianas da Estação Primeira do Pantanal arrancaram aplausos da plateia. Foto: Marcos Boaventura

Estação Primeira do Pantanal

Escola homenageou uma personalidade local e trouxe para a Avenida, fantasias criativas com grande apelo visual. Com o enredo, “Festejando com arte, a Estação Primeira canta JB”, a escola narrou a trajetória do promoter em 14 alas. JB, de um jeito descontraído e intimista, veio no chão, reverenciado pela plateia.

A comissão de frente trouxe os “cangaceiros”, tradição do nordeste brasileiro. As grandes festas já promovidas por JB foram retratadas pelas alas, entre elas: Hipinóse; Festa do Hawai; Cachorro Louco; Tequila; Cala Boca e Me Beija; Funk Vip; Halloween, entre outras.

Três carros alegóricos ajudaram a contar a história do homenageado. O primeiro representou o Nordeste e suas raízes. O segundo carro representou a Arabian Nigtht, uma das festa criadas por JB. A última alegoria mostrou sua trajetória nos passos do balé. O desfile terminou com a ala Amigos da Balada.

Imperatriz relembrou os antigos carnavais Corumbaenses. Foto: Marcos Boaventura

Imperatriz Corumbaense

O encontro com a tradicional Escola de Samba Imperatriz e a atual Escola de Samba Imperatriz Corumbaense levou os foliões ao delírio, ao resgatar as memórias dos antigos carnavais durante o desfile.

Ao todo, 400 componentes levaram o fascínio do carnaval corumbaense de 1975 para a passarela do samba. A comissão de frente composta por 10 pessoas retratou a evolução das plantas e o surgimento das flores. Junto dela, o tripé, intitulado ‘Fonte de Água e Coreto da Praça’ apresentava a transformação da terra e a geração dos recursos minerais.

As baianas diferenciaram a evolução e vieram como primeira ala. As demais nove alas evidenciaram a chegada da primavera, a flora do pantanal e do Brasil. Como encerramento, a quarta alegoria, intitulada de encontro das coroas, simbolizou o encontro da coroa da Imperatriz original com a atual Imperatriz Corumbaense.