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Comparativo aponta aumento de 70% nas autuações durante a Piracema

6 FEV 2017 • POR Gesiane Medeiros com informações da PMA • 08h35

Neste domingo (5), completou-se três meses de Piracema, período quando a pesca predatória é proibida para que os peixes possam se reproduzir. Até o momento, o comparativo aponta uma média de autuações superior a 70% em relação ao período passado. Foram 51 autuados nesta operação e 30 na última. Dos autuados, 44 foram presos por pesca predatória contra 22 na operação passada. Ou seja, exatamente o dobro. A diferença entre presos (44) e autuados (51), deve-se ao fato de que, nesta operação três fugiram e quatro foram autuados apenas com multa (administrativamente), pois estarem com pescado sem declaração de estoque, porém, capturados antes do período proibido. Durante a operação passada, oito pecadores fugiram, mas foram identificados, eles respondem pelo crime de pesca predatória e foram multados administrativamente.

Foram apreendidos 106% a mais de pescado. No total, 937 kg de peixes (não incluso o pescado apreendido por falta de declaração de estoque (173 kg), contra 454 kg dos três meses da operação passada.

Peixe de grande porte apreendido em Corumbá no início do período de Piracema deste ano. Foto: Divulgação/PMA

O valor das multas foi 58% superior aos três meses da operação de 2016. Foram aplicadas multas que chegaram a R$ 109.566,00 e R$ 69.260,00, durante o mesmo período da última piracema.

A quantidade de petrechos de pesca ilegais, barcos e motores de popa apreendidos está dentro do que se apreendeu em piracemas anteriores. À exceção foi a quantidade de redes de pesca, que foi 406% superior aos três primeiros meses da piracema passada. Foram 86 redes nesta operação e somente 17 na última. A quantidade foi em razão de duas apreensões efetuadas por Policiais de Naviraí durante operações nos rios Ivinhema e Paraná, respectivamente de 18 e 40 redes de pesca escondidas em acampamentos de pesca, sendo que nem todas as redes estavam sendo utilizadas.

Os números totais estão semelhantes às operações anteriores, alcançando o objetivo de desenvolver o trabalho preventivo da Polícia Militar Ambiental (PMA), para manter a quantidade de pescado apreendida dentro do aceitável. Tem-se apreendido em média uma tonelada de pescado por piracema, com aproximadamente 60 pessoas presas.

O objetivo da PMA é prender os autores no momento que iniciam a pescaria, ou seja, sem que tenham conseguido capturar grande quantidade de pescado. Esta é a melhor estratégia e é o que vem acontecendo em cada piracema, em que a quantidade de pescado apreendida vem sendo reduzida, mantendo-se a mesma média de pessoas presas.

A estratégia adotada pela corporação nos últimos 15 anos, de monitorar os cardumes e destinar a fiscalização aos pontos críticos, cachoeiras e corredeiras, continua dando certo, pois o número de peixes apreendidos têm se estabilizado a cada período defeso.

Durante essa piracema, as cheias dos rios facilitaram a subida dos peixes. Os cardumes tiveram poucos problemas para superar os obstáculos naturais.