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Assistência Social de Ladário quer que entidades tenham autonomia financeira

25 JAN 2017 • POR PML • 08h42
O encontro sobre empreendedorismo social aconteceu na tarde desta terça-feira (24). - Divulgação

A Secretaria de Assistência Social de Ladário vai prestar consultoria para as entidades privadas, de forma que elas consigam se adequar à lei 13019/2014, de 31 de julho de 2014, que normatiza o trânsito financeiro para esse tipo de repasse. “A gente se habituou àquele pinga, pinga, que não seca”, disse a secretária Andressa Paraquett, ao afirmar que “não adianta ficarmos nessa mesmice de tentar conseguir uns trocados com o Poder Público, nós podemos fazer projetos e conseguir tocá-los de outra fora”.

“Nossa campanha foi pautada pelo empreendedorismo, e isso significa engrandecer o poder aquisitivo das famílias de Ladário”, disse o prefeito Carlos Ruso, complementando que, “eu consegui isso como empresário, Ladário tem potencial econômico, eu sei como fazer e nós vamos ensinar como fazer. Vamos buscar dinheiro novo, para melhorar a vida do nosso povo”.

O encontro denominado Empreendedorismo Social, foi na tarde desta terça feira, 24/01, na Câmara Municipal de Ladário, com os representantes daquelas que, antigamente, eram chamadas de entidades filantrópicas. São instituições como a SSCH, a Maçonaria, a Associação Mulheres de Fibra, e até times de futebol que trabalham em projetos sociais e que podem conseguir patrocínio ou mesmo cooperação técnica, e agora vão ter que se adequar à legislação para almejar verbas.

A secretária Andressa Paraquett garantiu, que a Casa dos Conselhos vai funcionar como suporte para essas entidades, e que lá, haverá uma equipe, com assistente social e assessoria jurídica, para atender a cada um. “Vamos resolver caso por caso, ajudar a juntar a documentação, a montar os projetos, a identificar as demandas”, disse ela, garantindo que a parceria entre a Prefeitura e essas instituições é profícua e benéfica para ambos os lados.

Segundo foi explicado no encontro, para o governo, a partir da edição da lei de 2014, que passou a vigorar em 1º de janeiro deste ano, as entidades, antes filantrópicas, passaram a ser vistas como Entidades Sociais Empreendedoras. Assim, elas podem desenvolver projetos e buscar verbas, mesmo que excedente, para executá-los.

Essas entidades são classificadas no 3º Setor da economia do município. Englobam
APAEs, Organizações da Sociedade Civil do Interesse Público, Cooperativas Sociais, Organizações sem fins lucrativos. Elas normalmente estão vinculadas a vocações e atuam para fortalecer determinados setores produtivos, inclusive, como Cooperativa de Pescadores, por exemplo.

“É lei, já tivemos problemas no ano passado para cumpri-la e, a partir de agora, ela será realmente exigida. Temos que nos adequar”, disse Antônio Carlos Pereira, presidente do Atlético Clube São José, que desenvolve um projeto social que ajuda a descobrir jovens valores do futebol ladarense e os auxilia a conquistar vagas em grandes clubes, inclusive do exterior do Brasil.