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Solenidade e entrega de medalhas marcam o dia do Marinheiro em Ladário

13 DEZ 2016 • POR Sylma Lima • 11h03
Prefeito enfatizou a participação da Marinha nas ações sociais do município. Foto: Sylma lima

O Dia do Marinheiro é comemorado em 13 de dezembro no Brasil, e é uma forma de celebrar todos os profissionais, relembrando a figura do Almirante Joaquim Marques Lisboa, Marquês de Tamandaré,  Patrono e herói da Pátria, “ como um exemplo a ser seguido, cabendo-nos preservar, permanentemente, a sua memória e rememorar os seus feitos, anualmente, por ocasião de seu aniversário de nascimento” , disse o  almirante de esquadra Júlio Soares de Moura Neto, sobre a data, 13 de dezembro,  que foi instituída, pelo Aviso Ministerial de 4 de setembro de 1925, como o Dia do Marinheiro.

Em Corumbá o ato foi celebrado com solenidade em frente ao pórtico do 6º Distrito Naval de Ladário, com presença de civis e militares e entrega de medalha Mérito Tamandaré, cujas cerimônias de imposição estão sendo realizadas em todos os Distritos Navais e nas Representações no exterior. Para o prefeito Paulo Duarte, presente na solenidade, “A Marinha tem uma importância muito grande em nossa cidade, é uma grande parceira na região de Corumbá e Ladário, e com certeza este é um dia que merece ser homenageado, por tudo que a Marinha já fez, faz e ainda fará, no país e pela nossa região. Só tenho a agradecer tudo que a Marinha fez durante esses quatro anos na área social, no esporte etc. Com certeza é um dia de homenagens para a Marinha e para os Marinheiros que muito fazem pela nossa região. Um exemplo recente foi o Pantanal Extremo, que contou com o apoio da Marinha´. O ato foi presidido pelo contra almirante Petrônio Augusto Siqueira de Aguiar. O governador Reinaldo Azambuja que seria agraciado com amedalha não pode comparecer devido a falta de teto no aeroporto de Campo Grande.

Almirante Tamandaré

Solenidade em Ladário.

Tamandaré viveu de 1807 a 1897, um período importante na formação do País, pontilhado de crises políticas e revoluções que poderiam ter fracionado o nosso território. Foi um dos personagens que participou, como protagonista, de muitos episódios marcantes da História do Brasil, tendo contribuído para a preservação do que viria a ser a nossa maior herança: constituirmos uma Nação detentora de grande área geográfica, rica em recursos naturais e habitada por um povo unido em torno de um modo semelhante de ser e de um idioma comum.

Iniciou a sua longa carreira, tomando parte na Campanha pela consolidação da Independência; mostrou a sua coragem na Guerra da Cisplatina e nas Insurreições do período regencial; recebeu o primeiro comando de um navio, a Escuna “Constança”, aos 18 anos de idade; salvou vidas no mar, resgatando cerca de 150 passageiros e tripulantes do navio inglês “Ocean Monarch”, nas proximidades de Liverpool; comandou a Força Naval Brasileira em Operações no Rio da Prata, durante a Guerra da Tríplice Aliança; participou com bravura de vários combates; e portou-se como um cavalheiro nas vitórias.

Dedicou toda a sua vida à Marinha, onde permaneceu por quase 67 anos, tornando-se um modelo de desprendimento, esforço e dedicação ao serviço, tendo sido um homem simples, justo, leal e honesto, que se considerava, como consta em sua Carta Testamento, apenas um “Velho Marinheiro”.