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Em greve, servidores da educação de Ladário gritam por recomposição salarial

2 DEZ 2016 • POR Gesiane Medeiros • 10h32
Servidores pedem presença do prefeito. Foto: CDP

Aproximadamente 100 servidores da educação de Ladário, entre professores e administrativos, estão de prontidão em frente à prefeitura do município, nesta sexta-feira (2), em protesto pela recomposição salarial, que não foi incorporada dentro do período da data-base no mês outubro.

Servidores usam nariz de palhaço e gritam na porta da prefeitura: “O servidor acordou!”, pedindo que o prefeito José Antonio Assad e Faria compareça, assim como fez no primeiro dia de protesto, 25 de novembro, porém desta vez com uma solução que vá além de promessas.

Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ladário, Jonil Junior, a justificativa do prefeito em não poder ceder o reajuste por impossibilidade fiscal relacionada a passagem de mandato não é válida. “Mesmo em ano de eleição e final de mandato, a Lei permite que seja feita a recomposição salarial, que é baseada na taxa inflacionária, que este ano foi em torno dos 9%. O prefeito nos prometeu uma resposta no dia 12 de dezembro, porém esta data é a da penúltima sessão da Câmara Municipal de Vereadores, não temos nenhuma garantia de que ele fará isso e o prazo estará apertado, quem mentiu desde o início de outubro pode mentir também em dezembro”, desabafa o líder sindical.

Jonil Júnior diz que a justificativa do prefeito não é válida. Foto: CDP

Jonil diz que o protesto é para que o executivo perceba o quanto o não cumprimento da Lei está causando mal ao servidor. “O sindicato acreditou que ele iria cumprir com a Lei municipal que estipula a data-base. O artigo 22 da Lei de Responsabilidade Fiscal garante a recomposição mesmo em final de mandato desde que tenha data-base e nós a temos”.

O próximo ato da categoria está programado para o dia 6 de dezembro, próxima terça-feira, data em que, segundo o sindicato, a prefeitura ficou de enviar o PCCR do magistério e a renovação do auxilio alimentação.

Profissionais da educação do município instauraram a “operação tartaruga”, desde o dia 25 de novembro, onde 50% dos professores ficaram em reivindicação em frente ao prédio da prefeitura e os outros 50% continuaram em sala de aula. Das oito escolas municipais cinco aderiram a greve, o Polo 17 de Março, o Farol do Norte e a escola Marquês de Tamandaré estão funcionando normalmente. Os oito Centros de Educação Infantil estão parcialmente paralisados.

Servidores ficarão durante toda manhã em frente a prefeitura. Foto: CDP