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Advogado diz que Ruiter e Iunes não serão ouvidos em processo que investiga suposto crime eleitoral

29 NOV 2016 • POR Gesiane Medeiros • 18h03

Ontem, 28 de novembro, o juiz eleitoral da 7° zona, Emerson Ricardo, ouviu as testemunhas da acusação e defesa no processo que investiga a suposta participação do prefeito eleito Ruiter Cunha e seu vice, Marcelo Iunes, em crime eleitoral. A audiência de instrução e julgamento iniciou às 13 horas e encerrou por volta das 18h, no Fórum de Corumbá, sem a presença dos acusados, segundo advogado de defesa, Valeriano Fontoura, os dois não foram convocados para a audiência, por isso não compareceram.

Valeriano Fontoura, advogado de Ruiter Cunha, analisou audiência positivamente para defesa. Foto: Reprodução site Ponta Porã Informa

Valeriano, advogado com escritório na capital, afirmou que Ruiter e Iunes não serão ouvidos no processo, “a presença dos acusados só seria necessária caso o Ministério Público Eleitoral tivesse pedido o depoimento pessoal deles, o que não foi solicitado, por isso não foram, nem serão ouvidos, pois a instrução processual já foi encerrada”, explica o advogado, negou que os réus teriam apresentado atestado médico para não comparecerem. 

O site Capital do Pantanal tentou contato com o chefe de cartório da 7° Zona, porém Anselmo Gonçalves passou o dia em despacho interno e não pode atender a redação, já a promotora do Ministério Público Eleitoral, Ana Rachel, não quis se manifestar sobre o assunto, alegando que amanhã haverá nova audiência, seguindo julgamento do processo, desta vez pelo suposto envolvimento do vereador Irailton Oliveira Santana, o Baianinho.

De acordo com o advogado de defesa, ontem ocorreu à instrução do processo, e o MPE propôs incluir novos documentos para a apreciação, com isso, a defesa tem o prazo de 48 horas, encerrando no final da tarde de amanhã (30), para se manifestar positivamente ou não pela inclusão dos documentos informados pela acusação ao processo. Caso o juiz não autorize a junção, será aberto o prazo para as alegações finais, no contrário, a defesa terá um tempo determinado para analisar e manifestar sobre os documentos, para depois ocorrer às alegações finais seguida da sentença.

“Não tivemos acesso aos documentos que o MPE deseja incorporar ao processo, no momento analisamos se concordamos ou não com a possibilidade de juntá-los ao caso”, declara Valeriano.

No ponto de vista da defesa, foi demostrado na audiência de ontem, através dos depoimentos das testemunhas, tanto de acusação quanto defesa, que não houve participação direta do acusado, Ruiter Cunha, nem mesmo de qualquer outra pessoa a mando dele, que tenha oferecido transporte em troca de voto no dia da eleição.