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Delegado desmente site da capital e diz que denúncia “cheira” armação política

13 SET 2016 • POR Gesiane Medeiros • 19h18
Em entrevista exclusiva ao Capital do Pantanal, o delegado aponta as inverdades noticiadas por veículo da capital. Foto: Arquivo CDP

Desde o meio da tarde de hoje (13), a notícia de que dois carros em função da campanha do prefeito Paulo Duarte (PDT) foram apreendidos na noite de ontem (12), no posto Lampião Aceso da BR 262, com material irregular de campanha e quantia em dinheiro sem comprovação estão rendendo. Site da capital, primeiro a divulgar o suposto ocorrido, afirmava que nos veículos foram encontrados enorme quantidade de material de divulgação de campanha, sem comprovação de nota fiscal e, a quantia de R$ 27,5 mil dentro de uma mala acompanhada por assessor de Duarte. Segundo delegado titular da Polícia Civil de Ladário, Fernando Araújo da Cruz, responsável pelo caso, tudo não passa de sucessivas mentiras.

Para o delegado, tudo nessa história "cheia" a armação, a começar pela própria denúncia, “recebemos a informação de que um Gol Branco passaria em determinado ponto da BR 262 com materiais irregulares de campanha política. Fizemos a abordagem e ficamos surpresos ao perceber que o carro do prefeito acompanhava o veículo, não tínhamos informação sobre o segundo carro”, aponta o delgado sobre a discordância entre a denúncia e o fato. A surpresa maior estaria na chegada a Delegacia, Fernando Araújo afirma que ao chegarem na DP, para iniciar a averiguação do que foi apreendido, uma repórter já aguardava a equipe e questionava sobre dinheiro, “isso causou estranheza”, disse o delegado.

Para completar a confusão generalizada, o site da capital, Mídia Max, publicou matéria às 14h41 de hoje, com afirmações, que segundo o delegado são falsas. “Eu não falei nada daquilo, colocaram como se os assessores tivessem justificando a origem de um dinheiro que nem encontrado foi”, o delegado foi taxativo em dizer que para ele, tentaram “usar a máquina do estado, de forma 'suja', para interferir no resultado da eleição”. Em desabafo, o delegado disse ter ficado chateado pela distorção das palavras, além do fato do veículo ter feito questão de se antecipar as notícias oficiais e ter publicado a matéria antes da entrevista que cedeu aos veículos que buscavam por informação na delegacia.

Por trás de toda a história de denúncia e apreensão, o delgado afirmou que nos dois veículos abordados, um Toyota SW4, de propriedade de Paulo Duarte, e um Gol, foram encontrados apenas “santinhos” de campanha, documentos pessoais dos três ocupantes e contas de água e energia. A única possível irregularidade poderia estar na comprovação do valor gasto na produção dos folhetos da campanha, duas notas, de empresas de Corumbá e Campo Grande, apontavam valores de R$ 135 e R$ 4.995. Os ocupantes dos veículos foram liberados e os veículos e materiais de campanha permaneceram em posse da Polícia Civil que vai conferir a quantidade dos materiais, que precisa ser equivalente ao da nota fiscal apresentada para que enfim a denúncia de crime eleitoral caia por terra.